Dia Mundial da Hanseníase: Doença ainda afeta milhares de pessoas

Dia Mundial da Hanseníase: Doença ainda afeta milhares de pessoas

26/01/2024 0 Por Redação

Todos os anos, no último domingo do mês de janeiro, é celebrado o Dia Mundial da Hanseníase e, no Brasil, o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase. A enfermidade, datada já nos primórdios do século 6 a.C., provavelmente surgiu no Oriente e antigamente era chamada de lepra. Historicamente, a doença era associada a símbolos culturais negativos e os leprosos eram excluídos do convívio em sociedade.

Por isso, desde 1954, a data foi instituída a fim de trazer dignidade para as pessoas que sofrem com a doença, defender a igualdade de tratamento e disseminar informações corretas sobre a hanseníase. Apesar de não ser mais um problema de saúde pública, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), ela ainda afeta milhares de pessoas em todo o mundo.

“Em 2023, o Ministério da Saúde do Brasil distribuiu cerca de 150 mil testes rápidos para o apoio ao diagnóstico da hanseníase no Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas que tiveram contato próximo e prolongado com casos confirmados da enfermidade, uma iniciativa importante para a detecção da doença com casos recorrentes no país”, comenta a Dermatologista do Sabin Atibaia, Dra. Erika Debs.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), todos os anos são reportados mais de 30 mil novos casos de hanseníase no Brasil, dado que coloca o país na segunda posição no ranking mundial da doença e acende um alerta para o seu tratamento e cura, principalmente, para o combate à desinformação em torno do assunto.

“A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa e que afeta os nervos e a pele. Para ficar atento aos sintomas, ela aparece como uma sensação de formigamento, fisgada e dormências nas extremidades, bem como manchas brancas ou avermelhadas, acrescidas geralmente da perda de sensibilidade ao calor, frio, dor e tato”, explica a especialista do Sabin Atibaia.

Segundo Debs, outros sinais comuns são áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor, caroços e placas em qualquer local do corpo e possível diminuição da força muscular, resultando na dificuldade de segurar objetos, por exemplo.

A hanseníase é transmitida através de secreções nasais, gotículas da fala, tosse e espirro, mas já tem cura e o tratamento é amplamente ofertado na rede privada e pública. Ele é administrado via oral por meio da poliquimioterapia, nome dado à associação de dois ou mais medicamentos.

“A melhor forma de tratamento ocorre quando o diagnóstico é precoce. Por isso, além de ficar atento aos sinais e sintomas, é importante estar bem informado e sempre ajudar a promover notícias verdadeiras sobre a doença, pois hanseníase tem cura”, finaliza a médica.

 

*Foto: Reprodução