Saúde distribuirá coleiras para combate da leishmaniose visceral

Saúde distribuirá coleiras para combate da leishmaniose visceral

12/08/2021 0 Por Redação

 

O Ministério da Saúde irá distribuir mais de 1 milhão de coleiras impregnadas com inseticida “deltametrina 4%” para controlar a disseminação da leishmaniose visceral (LV). 

Segundo a pasta foram investidos mais de R$ 16 milhões na aquisição das coleiras como parte do processo de incorporação do insumo no controle da doença no Sistema Único de Saúde (SUS).

As coleiras serão distribuídas, neste primeiro momento, a 133 municípios prioritários, de 16 estados, entre eles a Bahia, classificados com transmissão alta, intensa e muito intensa. 

A estratégia de uso das coleiras em cães se baseia na abordagem Saúde Única, que visa proteger a saúde dos animais e dos seres humanos.

A ação foi lançada nesta quinta-feira (12/8) em Fortaleza/CE, onde foi apresentada a proposta metodológica de incorporação das coleiras impregnadas como nova ferramenta de controle da doença nos municípios prioritários. 

A incorporação motivou a inclusão inédita de uma meta de redução de casos de LV em humanos no Plano Nacional de Saúde (2020-2023).

Como as coleiras funcionam?

As coleiras são utilizadas em cães no Brasil desde 2007 como ferramenta individual de controle da leishmaniose visceral. Em contato com a pele, promove uma lenta liberação do princípio ativo (deltametrina 4%) repelindo a aproximação do vetor de transmissão da doença.

Esta ação interrompe o ciclo de transmissão do parasita, e consequentemente o risco de infectar outro animal ou ser humano.

Por se tratar de um insumo com liberação ativa de inseticida é recomendada a troca da coleira a cada 6 meses e seu uso é exclusivo para cães. Não é recomendado que a coleira impregnada com inseticida seja utilizada em cães já diagnosticados com a doença.

O Brasil é o primeiro país no mundo a incorporar essa tecnologia como medida de saúde pública para o controle da leishmaniose. 

De acordo com as evidências científicas espera-se que após a incorporação da estratégia seja observada a redução do coeficiente de incidência dos casos humanos e de prevalência canina.

 

*Redação

*Foto:Pixabay