
Freira francesa com 117 anos sobrevive à Covid-19
09/02/2021
A freira francesa Lucile Randon, conhecida como Irmã Andrée e considerada a pessoa mais idosa da Europa, se recuperou da covid-19 a dois dias de celebrar o seu 117.º aniversário, segundo informações da imprensa francesa.
Lucile Randon, nasceu na cidade de Alés (sul da França) em 11 de fevereiro de 1904. A freira testou positivo para o novo coronavírus em 16 de janeiro e foi colocada em confinamento no quarto que ocupa na casa de repouso Sainte Catherine Labouré, localizada em Toulon, no sul da França.
Ao jornal local Var Matin , Randon disse que não percebeu que estava com covid-19.”Nem percebi que estava infectada”, disse a centenária.
Após algumas semanas, a freira já está recuperada. Um porta-voz da residência explicou ao mesmo jornal que a irmã Andrée não tinha medo do vírus, embora expressasse preocupação com a saúde dos demais moradores.
“Também a preocupava saber se a hora de dormir ou de comer mudaria por estar infectada”, acrescentou o porta-voz.
Segundo a equipe médica, a Irmã Andrée não apresentou sintomas graves, como a maioria dos infectados pela doença na casa de repouso onde vive. Viviam naquele lar 88 idosos, 81 contraíram a doença e dez morreram.
“Ter o europeu mais velho conosco é um motivo de orgulho e também uma imensa responsabilidade”, frisou David Tavella, responsável pela comunicação da casa de saúde.
A freira é considerada a segunda pessoa viva mais idosa do mundo, atrás apenas da japonesa Kane Tanaka, nascida em 2 de janeiro de 1903.
Cega e parcialmente surda, a irmã Andrée está lúcida. Numa entrevista no ano passado a uma rádio francesa, contou ter sofrido muito durante a Primeira Guerra Mundial, que começou quando ela tinha dez anos, e afirmou lembrar-se dos dois irmãos que voltaram da guerra, um deles gravemente ferido.
Neta de um pastor protestante, Lucile converteu-se ao catolicismo aos 27 anos. Trabalhou como governanta antes de entrar para um convento em 1944, aos 40 anos. Depois da Segunda Guerra Mundial, cuidou de idosos e de órfãos durante 28 anos no Hospital de Vichy.
*Redação
*Foto:Reprodução /DN.PT