O impacto da luz azul sobre a pele é mínimo, afirma a Beiersdorf
27/05/2021
A luz azul artificial emitida por smartphones, tablets e outros tipos de tela parece não ser tão nociva para a pele humana como dizem por aí. Segundo um estudo realizado recentemente pela Beiersdorf, os efeitos são insignificantes se comparados com os da luz azul natural proveniente do sol – esta sim considerada “um real perigo”, por acelerar o envelhecimento cutâneo e intensificar a hiperpigmentação.
Embora as alterações que a luz azul artificial provoca na vista e no sono humanos sejam relativamente bem documentadas, seus efeitos para a pele ainda não foram comprovados cientificamente. A questão voltou a ser alvo de muito debate na época em que entraram em vigor as medidas de isolamento social, que aumentou o tempo que as pessoas costumam passar diante de telas eletrônicas.
Impacto mínimo
A equipe de pesquisadores dirigida pelo Dr. Ludger Kolbe, cientista-chefe em Fotobiologia da Beiersdorf AG, estudou a fundo esse tema e afirma que “o impacto da luz azul artificial na pele é mínimo”. A título de exemplo, o estudo [1] esclarece que passar uma semana inteira na frente de uma tela, sem quaisquer interrupções, mantendo uma distância de 30 cm do aparelho, equivale (em termos de exposição) a um minuto ao ar livre em Hamburgo, na Alemanha, ao meio-dia, num dia ensolarado.
“As informações divulgadas ao público sobre esse tema não tinham o devido embasamento científico. Mas, graças ao trabalho de pesquisa realizado por nossa equipe, conseguimos provar que a quantidade de luz azul artificial emitida durante o uso normal de aparelhos eletrônicos está longe de ser suficiente para provocar danos à pele”, ressalta o Dr. Ludger Kolbe.
O estudo explica que a emissão de luz azul artificial é “praticamente indetectável” se comparada à luz azul natural emitida pelo sol. Portanto, tudo indica que o tempo que as pessoas passam diante de telas, cada vez maior desde o início da crise sanitária, em nada (ou em muito pouco) afeta a pele humana.
“O tão temido impacto negativo da pandemia, que gerou um aumento do uso de telas — seja devido ao maior número de reuniões on-line ou à utilização mais frequente de smartphones — não tem, portanto, fundamento científico. O impacto sobre a pele humana é irrisório. Isso significa que não há por que se preocupar com os possíveis danos da luz azul artificial para a pele”, continua o Dr. Kolbe.
O sol, fonte de risco
Em contrapartida, o estudo conclui que a luz azul natural emitida pelo sol “constitui uma fonte de altíssimo risco para a pele”, visto que ela penetra profundamente nas camadas cutâneas, gerando um estresse oxidativo que contribui para acelerar o envelhecimento cutâneo e intensificar a hiperpigmentação.
A luz visível corresponde a cerca de 50% da radiação solar, um terço da qual é constituída de luz azul natural, que penetra muito mais profundamente na pele do que os raios UVA, responsáveis por apenas 5% da luz solar. Comparativamente, a quantidade mínima emitida por aparelhos eletrônicos não chega a oferecer riscos.
A Beiersdorf ressalta a importância de proteger a pele no caso de exposição ao sol, em particular para combater o estresse oxidativo provocado pela radiação visível, e destaca a eficácia de ingredientes antioxidantes como a licochalcona A, presente em diversos produtos da Beiersdorf, entre os quais os protetores solares da marca Eucerin, bem como os produtos das linhas Sensitive-Allergy e UV Face, da Nivea Sun.
*Fonte: Brazil Beauty News
*Foto; Getty Imagens