6ª Corrida contra o Câncer reforça papel da atividade física no combate à doença
02/08/2024A estimativa publicada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) em parceria com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) reforça a importância da prática de atividade física regular para vencer a disputa contra o câncer.
É nessa esteira que ações como a ‘Corrida contra o Câncer’, cuja 6ª edição acontece neste domingo, 4/08, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo-SP, têm ganhado espaço e atraído o patrocínio de grandes marcas como a Smart Fit.
A presença da empresa, referência no mercado fitness, reforça mensagens-chave da cartilha ‘Atividade Física e Câncer: Recomendações para Prevenção e Controle’ oferecida pelo INCA a profissionais da saúde, como o papel central da massa muscular na prevenção e no tratamento do câncer.
Segundo o documento, além de pontos como má alimentação e a falha em cumprir a meta de ao menos 150 minutos semanais de exercícios físicos em intensidade moderada, pessoas acometidas pela doença têm em comum a ausência do hábito de realizar movimentos de força, seja na academia, seja nas atividades ocupacionais diárias.
“A decisão de patrocinar a corrida faz parte da nossa função social de apoiar a conscientização do impacto que a musculação pode ter sobre a saúde”, afirmou o head de Marketing da Smart Fit, Guilherme Costa, acrescentando que, quem comparecer ao evento, poderá desfrutar de ativações como um espaço de relaxamento com macas de massagem, alongamento orientado e aula de FitDance.
Se exercitar é fundamental para prevenção e tratamento
Além de mapear características comuns dos indivíduos acometidos pelo câncer e estabelecer protocolos para prevenção da doença, a cartilha publicada pelo INCA aborda um outro tema de extrema importância: a desmistificação dos temores em relação à prática de exercícios físicos durante o tratamento.
O material destaca que a prática de atividade física para sobreviventes do câncer é tolerável e segura, inclusive quando praticada durante o tratamento oncológico (quimioterapia, radioterapia, terapia hormonal ou outros) e que, assim como ocorre com a população saudável, a presença de contraindicações deve ser analisada caso a caso.
Habituado a receber alunos com este perfil, o treinador da Smart Fit Bruno Silva aponta que o fato da musculação estimular o aumento da massa muscular, fator considerado chave para a manutenção das funções diárias e para dificultar o surgimento de comorbidades associadas ao câncer, faz com que esta seja uma modalidade frequentemente recomendada pelos médicos.
Diante disso, Silva destaca que a importância dos profissionais de educação física se manterem preparados para maximizar os efeitos positivos da adaptabilidade da musculação nessas ocasiões.
“Não há contraindicações. Muito pelo contrário. Mas do ponto de vista do treinamento e sua prescrição, é preciso observar que processo de progressão da carga é mais lento. Isso porque todas as vezes que aumentamos de forma significativa a carga ou manipulamos outras variáveis, isso resulta em aumento (ainda que momentâneo) do quadro inflamatório geral”, alertou o treinador, antes de complementar.
“O indivíduo não acometido pela doença absorve bem esse processo. Já para o paciente com câncer, isso não é legal, pois tende a deixar o indivíduo mais suscetível a infecções, pois exige bastante de um sistema imunológico já fragilizado por conta do tratamento”, concluiu.
*Foto: Pixabay