Cientistas de Harvard desenvolvem exoesqueleto para pacientes com Parkinson
17/01/2024Cientistas da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas da Universidade de Harvard desenvolveram um exoesqueleto específico para pacientes com Parkinson.
A máquina resolveu o problema do congelamento dos passos. Os testes foram feitos apenas em ambientes fechados e controlados. E tiveram resultados animadores.
A vestimenta robótica, usada ao redor dos quadris e coxas, dá um empurrão suave nos quadris conforme a perna balança, ajudando o paciente a conseguir uma passada mais longa.
Co-autor do estudo, o professor de Harvard Conor Walsh destacou o trabalho multidisciplinar entorno da descoberta.
“O exoesqueleto exigiu uma colaboração entre engenheiros, cientistas de reabilitação, fisioterapeutas, biomecânicos e designers de vestuário.”
Outro colaborador da pesquisa, o professor do Departamento de Fisioterapia da Universidade de Boston, Terry Ellis, explicou como os cientistas usaram uma abordagem diferente nesse tratamento.
“Como não entendemos realmente o congelamento, não sabemos realmente por que essa abordagem funciona tão bem. Mas este trabalho sugere os benefícios potenciais de uma solução “de baixo para cima” em vez de “de cima para baixo” no tratamento do congelamento da marcha. Vemos que restaurar a biomecânica quase normal altera a dinâmica periférica da marcha e pode influenciar o processamento central do controle do paciente.” A pesquisa foi publicada na revista Nature Medicine.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos vive com a Doença de Parkinson. Isso, segundo cálculos da Universidade de Harvard (EUA), dá mais ou menos 9 milhões de pessoas em todo o mundo.
No Brasil, de acordo com estimativas do Ministério da Saúde, são mais de 200 mil pessoas nessa condição.
No geral, a sociedade costuma associar o Parkinson aos tremores nos membros superiores e nas mãos, mas esses não são os únicos sintomas da enfermidade.
Existem também sintomas não motores, como diminuição do olfato, alterações intestinais e do sono. Via Olhar Digital com as informações de Harvard.
*Foto: Ilustração