Novo tratamento para diferentes doenças raras é lançado no Brasil

Novo tratamento para diferentes doenças raras é lançado no Brasil

10/04/2023 0 Por Redação

Novo tratamento para doenças raras (HPN, SHUa e MGg) é lançado no Brasil pela farmacêutica AstraZeneca. São estimados entre 7 e 8 mil diferentes tipos de doenças raras no mundo[1], entre elas, a Miastenia Gravis generalizada (MGg), a Síndrome Hemolítico Urêmica atípica (SHUa) e a Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN). 

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), aprovou a molécula ravulizumabe para as indicações para SHUa e MGg e ampliou o uso para HPN pediátrico – que já tinha aprovação em 2019 para uso para pacientes adultos, e que pode proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes.

O Ministério da Saúde define as doenças raras pela baixa prevalência de pessoas afetadas: 65 a cada 100 mil habitantes[2]. Este número representa aproximadamente 13 milhões de brasileiros[1], ou, comparativamente, a população da cidade de São Paulo.

“Esse lançamento, com indicação para doenças de diferentes áreas – neurologia, nefrologia e hematologia – é um marco no cenário de doenças raras no Brasil e pode transformar a vida dessas pessoas. Na AstraZeneca, acreditamos que ao compreender as necessidades únicas dos pacientes, podemos pesquisar e desenvolver novas soluções, apoiar o acesso ao tratamento e interceder em defesa dessa comunidade de pessoas e, consequentemente, melhorar sua qualidade de vida”, declara dra. Marina Belhaus, diretora médica da AstraZeneca Brasil.

A médica Lilian Palma, do Departamento de Nefrologia Pediátrica da Unicamp, pontua que “para a nefrologia pediátrica, em específico para a SHUa, esse lançamento pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes, pois as infusões dos medicamentos podem ser mais espaçadas, para até oito semanas. Isso significa a diminuição no absenteísmo na escola, para as crianças, e no trabalho, para os adultos”.

Palma reforça também a importância da educação médica continuada, já que “95% dos tratamentos para essas condições ainda são feitos por meio de medicamentos paliativos e serviços de reabilitação[2]. Por isso, os grupos de estudo são fundamentais para a atualização da sociedade médica no tratamento das doenças raras e ultrarraras”.

Outros desafios permeiam a área para além do tratamento, como o diagnóstico precoce, já que um paciente pode chegar a consultar até 10 médicos diferentes para obter o diagnóstico correto[1]. A antecipação é determinante para iniciar o tratamento no tempo mais curto possível, já que são doenças, em sua maioria, progressivas, degenerativas, crônicas e incapacitantes[1]. “Além da aliança e parcerias entre indústria médica e farmacêutica para o avanço de novas soluções, é preciso também do aprofundamento na conversa sobre o tema entre sociedade médica e sociedade em geral, com o intuito de viabilizar a transformação da trajetória de saúde de pacientes com doenças raras”, encerra Palma, apontando a importância de mobilização de toda a sociedade em prol desses pacientes, muitas vezes, invisibilizados.

Esse lançamento reforça o compromisso da AstraZeneca com a contínua pesquisa dos chamados medicamentos órfãos, que são os indicados para as doenças raras, mas que representam apenas 2% dos tratamentos disponíveis[2]. Essa classe é capaz de interferir na progressão das condições dos pacientes[2] e traz uma nova abordagem para tratar essas condições.

*Foto: Reprodução