Especialistas avaliam como testes genéticos podem auxiliar na prevenção do câncer
14/10/2022
Multinacional especialista em tecnologia para diagnósticos moleculares, a QIAGEN promoveu um encontro com protagonistas do cenário da oncologia para discutir, em diferentes frentes, os avanços dos testes genéticos e suas contribuições à prevenção e tratamento do câncer que mais vitimiza as mulheres
Considerado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), como o tipo de câncer mais comum entre as mulheres – excluindo o de pele não melanoma – o câncer de mama é responsável por mais de 60 mil novos casos da doença, todos os anos no país. E embora apresente algumas variações mais agressivas que outras, ainda de acordo com o órgão nacional, um em cada três casos da doença pode ser curado se descoberto logo no início.
Diante deste cenário, uma importante ferramenta surgiu nos últimos anos para auxiliar nessa luta: os exames genéticos, como os que foram realizados pela atriz Angelina Jolie; sendo o sequenciamento de nova geração, ou NGS, a que mais vem beneficiando os avanços na pesquisa, diagnóstico e acesso a terapias alvos. Tais soluções, extremamente importantes para identificar o potencial da doença e administrar medidas profiláticas como a realizada por Jolie – dupla mastectomia –, já fazem parte do rol de procedimentos determinados pela ANS como cobertura obrigatória dos planos de saúde, para casos de hereditariedade, e seguem em tramitação para serem incluídas no Sistema Único de Saúde (SUS) em panorama nacional.
A favor da ciência, pesquisa e informações a serem difundidas para toda a comunidade, desde médicos, especialistas, estudiosos e pacientes, a QIAGEN, realizou nesta última semana uma mesa redonda voltada ao outubro rosa, reunindo diferentes protagonistas do cenário da oncologia, que representam frentes importantes no combate ao câncer de mama. Como parte da campanha 360° “Uma conversa pela vida: o câncer de mama visto de todos os ângulos” liderada pela empresa, o encontro trouxe uma abordagem extremamente relevante e multidisciplinar sobre as contribuições e avanços dos testes genéticos como uma alternativa precisa aos diagnósticos de propensão à doença, por fatores genéticos e hereditários.
De acordo com Dra. Luissa Hikari, fellowship em oncogenética pelo HCFMRP – USP em Ribeirão Preto (SP) e participante das discussões, do ponto de vista como médica geneticista, o diagnóstico do câncer de mama hereditário é muito importante porque muda a vida da paciente, da sua família, altera a conduta de um câncer atual, ou de como será feito o manejo de um câncer de algum conhecido dentro da família, assim como a tratativa do câncer desses pacientes para o resto da vida. “O sequenciamento de nova geração permitiu o diagnóstico das síndromes hereditárias e dos testes somáticos na questão do tratamento. Uma solução à medicina de precisão que permitiu a realização da medicina preditiva e corretiva, em que conseguimos individualizar o tratamento e o manejo dos pacientes de acordo com o câncer específico que ele enfrenta”, esclarece.
Dra. Fernanda Koyama, gerente de pesquisa e desenvolvimento no Grupo Oncoclínicas, pontua que a discussão interdisciplinar é rica para toda a comunidade, em que todos os lados que fazem parte da pesquisa, diagnóstico e tratamento do câncer de mama podem ser ouvidos. “O NGS foi um divisor de águas na genômica e na oncologia de precisão, por meio dessa metodologia conseguimos avançar tanto na análise de vários genes, quanto na análise de vários pacientes ao mesmo tempo. Hoje conseguimos analisar um painel muito grande, com centenas de genes, em questão de alguns dias. É uma revolução na redução do tempo e na quantidade de análises que podem ser realizadas sequencialmente”, comenta a executiva.
Também participante da roda de discussões, a mestre em oncologia e gerente de negócios na QIAGEN, Juliana Badke afirma que a disseminação das informações sobre o sequenciamento genético é uma ferramenta que desmistifica o câncer de mama e mostra os mecanismos genéticos da doença. “Todas as mulheres podem ter o câncer de mama, como foi o meu caso, mas é possível tratar e curar, basta procurarmos ajuda para que o diagnóstico seja feito o mais breve possível, afinal, quem tem câncer, tem pressa. O NGS possibilita tratamentos cada vez mais direcionados para os diferentes tipos de tumores, com o mínimo efeito colateral possível, pois eles são bem debilitantes”, concluiu Juliana.
*Redação
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