Instituto de Traumatologia promove inclusão digital de pacientes amputados

Instituto de Traumatologia promove inclusão digital de pacientes amputados

18/08/2022 0 Por Redação

 

O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) formou a primeira turma de pacientes do Centro de Amputados no Projeto de Inclusão Digital. O projeto, ainda piloto, oferece aulas teóricas e atividades em laboratório sobre serviços digitais, armazenamento de dados e temas relacionados.

“Mais do que promover o acesso ao conhecimento tecnológico, o projeto, que se baseia no cuidado ampliado do paciente, busca melhorar a autonomia e a capacidade de transformar a própria realidade”, destaca Fátima da Silva Alves, coordenadora da Área de Política Nacional de Humanização (APNH/INTO).

Em parceria com o setor de Reabilitação do Instituto, a APNH desenhou o projeto a partir das necessidades dos próprios pacientes. “Nós identificamos essa carência por meio de conversas com eles e enxergamos que era preciso incluí-los digitalmente, construindo em conjunto um curso que se adequasse à realidade de cada um”, contam Mariana Moreira, assistente social da Área de Reabilitação, e Priscila Mignot, psicóloga do Centro de Amputados.

No curso, foram apresentados conceitos como Revolução Industrial e História da Tecnologia e realizadas atividades práticas sobre ferramentas digitais. “Eles passam a ter consciência que já estão no mundo digital, sendo capacitados para usar recursos fundamentais hoje em dia, como a criação de e-mail, a navegação na internet e o uso de aplicações em nuvem”, explica um dos professores do curso, David Oliveira, da Área de Humanização.

QUALIFICAÇÃO

Formando do projeto, Jorge Oliveira, de 52 anos, conta que a inclusão ampliou seu horizonte. “Eu não sabia mexer em nada relacionado a computador e aprendi muito no curso. Quero, inclusive, comprar um computador para mim”. A amputação do antebraço não foi um empecilho durante as aulas: com o apoio da equipe de Terapia Ocupacional, Jorge recebeu uma adaptação que possibilitou o uso do mouse.

Além da qualificação, o projeto promoveu socialização entre os alunos, como conta Eliezer de Araujo Ramos, de 44 anos, que também se formou na primeira turma. “A convivência foi uma oportunidade para todos nós trocarmos experiências, conhecer a história do outro, de nos integrarmos”, ressaltou Eliezer.

Diretora do INTO, Germana Bahr, destaca a importância do projeto: “A inclusão dialoga com os valores do Instituto e é parte fundamental do próprio processo de reabilitação dos pacientes”.

*Redação

Foto: Divulgação