Nutricionista passa mal dentro de transporte por aplicativo após tocar em gel

Nutricionista passa mal dentro de transporte por aplicativo após tocar em gel

11/08/2022 0 Por Redação

 

A nutricionista Evelyn Broocke, denunciou nesta quarta-feira (10), nas redes sociais, que passou mal após entrar em um carro de transporte por aplicativo na capital baiana. O caso teria acontecido após ela tocar em um “gel”, no momento em que fechava a porta do veículo e tentar limpar a substância no rosto, de forma instintiva.

Segundo Evelyn, o caso aconteceu na terça-feira (9), quando ela pediu o carro em casa para ir ao trabalho, como faz de costume.

“Nessa hora eu pedi para ele encostar o carro, falei: ‘Encosta, encosta, encosta’. Ele não trocava palavras comigo, ele não dialogava comigo em momento nenhum. Ele não encostou quando eu pedir para ele encostar”, relatou.

Após pedir para o motorista parar a corrida e não ser atendida, ela abriu a porta do carro com o veículo em movimento e fugiu quando o homem encostou próximo a um posto de gasolina.

“Quando avistei um posto de gasolina, abri a porta do carro em movimento, porque eu fiquei com medo de ser tarde demais. Eu não ter mais chance de sair do carro”, disse Evelyn.

Início do trajeto

Segundo a nutricionista, ao embarcar, ela sentou no banco atrás do motorista e abriu a janela. “Na hora que eu coloquei a mão no botão do vidro, tinha um gel. Minha mão ficou melada de um gel que eu não sabia o que era”, contou.

Ela relatou que esfregou os dedos na calça e chegou a cheirar a substância para conferir o que era. No entanto, não identificou o odor. Em seguida, o motorista começou a fazer um caminho diferente do que ela está acostumada a fazer para trabalhar. Ela, então, pediu para ele mudar o trajeto.

“Foi aí que meu olho começou a lacrimejar muito. Eu estava com vidro aberto e por causa do vento, sentia a sensação e comecei a coçar os olhos institivamente”, disse a nutricionista.

“Eu senti medo, senti receio de estar passando por um golpe. Eu não sabia mais o que fazer, então a ideia que veio na minha cabeça foi pedir para o motorista voltar para minha casa”.

A passageira informou que pensou em dizer que tinha esquecido algum objeto, mas, na mesma hora, sentiu que não conseguiria se manter acordada até chegar no imóvel.

“Eu comecei a me sentir tonta e confusa, me dei conta de que não ia dar tempo de chegar em casa. Provavelmente eu teria desmaiado antes”, afirmou Evelyn.

Após deixar o veículo, Evelyn Broocke disse que saiu correndo com a bolsa na mão. “Eu já não conseguia mais abrir os olhos direito. Eu estava fazendo muito esforço para conseguir, meu olho estava lacrimejando muito”.

A nutricionista disse que está bem e que ainda deve registrar o caso na polícia.

Posicionamento da Uber

Em nota, a assessoria da Uber informou que as únicas denúncias sobre o “golpe do cheiro” relativas a viagens no aplicativo da Uber que já tiveram a investigação concluída pela Polícia Civil, ocorreram no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e em Florianópolis.

Segundo a empresa, nos três casos, as autoridades pediram o arquivamento após o inquérito policial, porque as investigações, não apontaram elementos de prática de crime.

Especificamente no caso do Rio de Janeiro, o laudo pericial do líquido borrifado no veículo atestou se tratar de álcool 70% – e não foram encontradas outras substâncias de natureza tóxica, perigosa ou nociva.

Além disso, uma decisão judicial em Santos, no estado de São Paulo, condenou usuárias a pagarem indenização por danos morais ao motorista após ficar comprovado que a substância era álcool com essência de canela para higienização das mãos.

Nas demais denúncias mencionadas pela Uber, a empresa afirmou que não tem conhecimento de inquérito que tenha sido concluído com a comprovação do uso de quaisquer substâncias com o propósito de dopagem ou com o indiciamento do suposto motorista agressor.

No final da nota, a Uber informou que trata todas as denúncias com seriedade e avalia cada caso individualmente para tomar as medidas cabíveis. Afirmou também que se coloca à disposição das autoridades competentes para colaborar, nos termos da lei.

*Redação

Foto: Divulgação