Mulheres procuram terapia três vezes mais que homens, aponta pesquisa

Mulheres procuram terapia três vezes mais que homens, aponta pesquisa

28/07/2022 0 Por Redação

 

A busca por terapia durante e após a pandemia cresceu de forma expressiva no Brasil. De acordo com um levantamento feito pela Telavita, clínica digital de saúde mental, a procura por atendimento aumentou 400% em 2021, em relação ao ano anterior. Além da subida expressiva na procura por sessões, outro dado extraído do levantamento chamou a atenção. As mulheres buscam terapia três vezes mais que os homens. A análise foi feita com base em 50 mil sessões realizadas pela plataforma, que possui o maior número de vidas cobertas do mercado brasileiro.

“As mulheres suportam grandes pressões na rotina, com um acúmulo de funções. O trabalho, a vida familiar, as questões financeiras e até mesmo violência de gênero, em alguns casos, somado ao panorama que vivemos nos últimos anos, desencadeou uma procura mais frequente por acompanhamento”, avalia Milene Rosenthal, psicóloga e co-fundadora da Telavita.

Após a pandemia, novos paradigmas foram traçados, as rotinas foram alteradas e isso tudo despertou a necessidade de falar dos problemas vivenciados e, sobretudo, aprender a enfrentá-los.

“É extremamente importante para todos buscar acompanhamento. Ficou claro que as mulheres passaram a se preocupar mais com o seu bem-estar. Além disso, muitas vezes é mais fácil para nós compartilharmos o que nos aflige. Os homens tendem a ser mais fechados. Também há uma tendência das mulheres detectarem com mais clareza a necessidade da terapia, devido a fatores como depressão e ansiedade”, aponta.

Terapia online solucionou falta de tempo

Antes da implantação da terapia online, conciliar a rotina estressante com as sessões de tratamento dificultava o acesso dos pacientes aos consultórios. Com a regulamentação dos encontros online, ficou mais fácil conciliar a rotina com o cuidado mental.

Prova disso é que o levantamento da Telavita também detectou uma procura por sessões distribuídas por todo o dia e não somente antes e depois do expediente tradicional, ainda que estes horários concentrem a maior parte das consultas. Um exemplo disso é que 10% dos pacientes têm consultas às 10h, quando normalmente já estariam em seu ambiente de trabalho.

“As pessoas têm conseguido adaptar melhor seus horários por conta do home office e fazer terapia de casa facilitou. Isso ajudou a incluir a rotina de cuidados com a saúde mental na agenda”, finaliza Milene.

*Com Repórter Hoje

Foto: Divulgação