Homem contaminado pelo coronavírus e não vacinado reconhece a importância da imunização

Homem contaminado pelo coronavírus e não vacinado reconhece a importância da imunização

10/12/2021 0 Por Redação

 

Esmeraldo Pereira Sobrinho foi internado com Covid-19 no Hospital Espanhol (HE), no último mês de novembro. Arrependido por não tomar as doses do imunizante contra o coronavírus, ele alerta a população sobre a necessidade de se tomar a vacina.

“Eu não desejo a ninguém passar o que eu passei. Eu não tinha noção do que era esta doença. A sensação de falta de ar faz a gente pensar que vai morrer. E tudo isso longe da família. Hoje eu entendo que a vacina pode amenizar os sintomas e salvar vidas. E aconselho: quem não ainda não tomou a vacina, tome”, desabafou ele.

Seu Esmeraldo tem 67 anos, é técnico em eletricidade aposentado, natural de Nordestina – município baiano, a 350km de Salvador. Casado com Dona Luana Pereira, com quem tem 2 filhas e 4 netos. Ele disse ter decidido não tomar a vacina por questões pessoais, mesmo tendo o imunizante disponível nas unidades de saúde do município onde mora.

Logo após o feriadão de 15 de novembro, começou a apresentar sintomas de gripe, muita tosse, falta de ar, fraqueza e indisposição. Buscou atendimento médico na sua cidade e, diante do quadro clínico, foi transferido para Salvador de ambulância, sendo regulado para o Hospital Espanhol – maior Centro de Tratamento Covid da Bahia, com 160 leitos disponíveis atualmente, sendo 80 de UTI e 80 de Enfermaria. A unidade é 100% SUS, e o atendimento é 100% para a Covid. As taxas de ocupação, que chegaram a cair para uma média de 15%, voltou a atingir os 40%.

50% dos pulmões comprometidos

Na madrugada do dia 17 de novembro, Seu Esmeraldo foi internado numa UTI do HE. Não precisou ser intubado, mas com 50% dos pulmões tomados pela doença, permaneceu por três dias no oxigênio, como suporte para a respiração. No terceiro dia de internação, foi transferido para o Leito 306 da Enfermaria 3C, no qual permaneceu em evolução positiva e recebeu alta, na tarde do dia 26 de novembro, retornando para casa, em Nordestina.

A infectologista do Hospital Espanhol, Giovanna Orrico, explica que quanto menor a circulação do vírus, menor chance de contaminação da população e menor incidência de variantes, tornando assim a população mais protegida. “É um ciclo que se instala. Quanto mais vacinas tomadas, menor a taxa de transmissão, menos variantes surgem e menor necessidade de reforço vacinal”, acrescenta a médica.

 

*Redação

Foto: Sesab