Espinafre pode ajudar a prevenir câncer colorretal, diz estudo
01/10/2021
Um estudo realizado nos Estados Unidos encontrou propriedades anticâncer no espinafre. O nutritivo vegetal verde-escuro interage com as bactérias do intestino para alcançar os efeitos benéficos, segundo só cientistas.
Publicada na revista científica Gut Microbes no início de setembro, a pesquisa, que foi liderada pela Universidade A&M do Texas, nos EUA, mostra que o espinafre inibe o crescimento de pólipos no cólon.
De acordo com o site americano de notícias médicas Medical News Today, de todos os tipos de câncer colorretal, o hereditário é responsável por cerca de 10 a 15% dos casos, enquanto apenas de 5 a 10% dos pólipos evoluem para gerar o tumor.
O site lembra que os mesmos pesquisadores já haviam confirmado anteriormente que o espinafre é capaz de reprimir o desenvolvimento de pólipos em cobaias que tinham uma forma induzida de câncer semelhante ao colorretal não genético, ou “esporádico” – corresponde de 85 a 90% dos casos.
No estudo recém-divulgado, o espinafre se mostrou ainda melhor para pessoas com uma forma hereditária de câncer colorretal chamada polipose adenomatosa familiar. Esta condição leva ao crescimento de múltiplos, às vezes centenas, de pólipos não cancerosos no cólon.
A maioria das pessoas com a doença eventualmente precisa de cirurgia para remover o cólon, além de usar anti-inflamatórios não esteroides, que são potencialmente tóxicos, para evitar que os pólipos cresçam no duodeno, explica o Medical News Today.
Na pesquisa atual, os cientistas usaram espinafre liofilizado (foi seco usando congelamento) para alimentar durante 26 semanas cobaias que tiveram polipose adenomatosa familiar (induzida).
O resultado sugere que o consumo da verdura verde-escura pode atrasar o crescimento de pólipos, impedindo a necessidade de tratamento invasivo.
O site especializado esclarece que para entender os efeitos benéficos do espinafre, os pesquisadores utilizaram uma metodologia baseada em dados chamada multiomics, ou seja, são analisados dados de diferentes sistemas do corpo, procurando associações que possam sugerir potenciais áreas de pesquisa.
No estudo atual, os cientistas analisaram amostras de três sistemas: microbioma intestinal; transcriptoma, ou coleção de RNA e RNAm expressa por células ou tecidos; e o metaboloma, que são os metabólitos produzidos pelas células no metabolismo.(Via Trendsbr)
*Foto: Pixabay