Hamsters são ótimos companheiros para quem mora em ambientes menores

Hamsters são ótimos companheiros para quem mora em ambientes menores

24/09/2021 0 Por Redação

 

Muitas pessoas desejam ter um animal de estimação, mas nem sempre conseguem tempo ou mesmo dispõe de espaço para cuidar de um cão ou de um gato, ou simplesmente preferem animais que não necessitem dos mesmos cuidados. Muito populares e bem fofinhos, os hamsters se tornam uma ótima opção para muitas pessoas.

Esses animais, apesar de não gostarem muito de ser manuseados, são excelentes companhia e muito divertidos, eles aprendem até mesmo a atender pelo nome, basta que o tutor do pet acostume o animalzinho ao som e logo ele irá responder aos chamados.

Mas, ainda que não exijam os mesmos cuidados constantes que um cachorro, que precisa sair para passear diariamente, esses pequenos roedores também necessitam de certos cuidados e que também geram alguns gastos para os tutores desde que são adquiridos em uma pet shop – dificilmente será encontrado um hamster para adoção.

Exercícios físicos

Os hamsters não podem sair para um passeio no parque, mas eles precisam e gostam muito de praticar exercícios, por isso é fundamental que a gaiola que servirá de casa para o bichinho tenha espaço o suficiente para que ele se movimente à vontade. 

É comum também gaiolas ou terraços com tubos em que os hamsters passeiam por dento e, claro, um dos itens mais populares quando se pensa em roedores de estimação, a roda de correr. Também pode-se comprar bolas especiais para hamsters, assim o pet poderá andar até mesmo pela casa toda, sem risco de ser pisado por acidente.

Embora seja possível, quando acostumados desde filhotes,  não é recomendado que se crie dois hamsters em um mesmo ambiente.  Pode gerar forte estresse nos animais e,  especialmente no caso dos machos, disputa por território  e, em casos mais sérios, até canibalismo.

Questões de sobrevivência

Por serem animais tão pequenos que na natureza são prezas fáceis para diversos predadores, os hamsters desenvolveram habilidades especiais para garantir a própria sobrevivência.

Eles contam com um olfato bastante aguçado, útil para explorar ambientes no escuro e identificar objetos e alimentos. A visão desses pequenos não é das melhores, por isso os bigodes auxiliam a detectar obstáculos e a ter uma melhor noção de espaço e profundidade.

Hamsters são acumuladores por natureza, afinal precisam acumular alimento para se manterem seguros e esse costume não abandonou esses pets mesmo vivendo em cativeiro. Eles conseguem guardar uma boa quantidade de alimento dentro das bochechas, que contém bolsas especiais para essa necessidade, chegando a quase dobrar o tamanho da cabeça dos pets. Como curiosidade, o nome hamster é derivado da palavra alemã “hamstern”, que significa “armazenar”, referente ao hábito de armazenarem alimentos nas tocas, seja na natureza ou em gaiolas.

Se amedrontado, o pequeno roedor pode se fingir de morto ou até mesmo se tornar agressivo  quando sob forte ansiedade.

Roer é uma necessidade

Assim como boa parte dos roedores, os dentinhos dos hamsters estão em constante crescimento e eles precisam estar sempre roendo algum objeto ou alimento, para realizar o desgaste natural dos dentes. É possível comprar madeiras próprias para isso e deixar nas gaiolas para que o pet possa roer, além dos alimentos próprios para isso, como bloquinhos de alfafa.

Os hamsters são animais omnívoros, se alimentando principalmente de frutas, mix de sementes e vegetais e, ocasionalmente, alguns insetos. Para oferecer uma dieta balanceada e garantir uma boa qualidade de vida para o animal, é importante que o tutor consulte um médico veterinários especializado em pequenos roedores, certos alimentos são totalmente proibidos para esses pets.

Num geral, deve-se oferecer ração própria para roedores, cerca de 10 a 14 gramas por dia e, por ao menos três vezes por semana deve-se oferecer vegetais, como legumes e frutas sempre frescas.

Uma boa opção para o cardápio do pet pode ser frutas como maçã, pera, uvas passas e outros legumes e vegetais como cenoura, brócolis, couve, salsa e pequenos galhos de árvores frutíferas, para que o pet possa roer e fazer o desgaste dos dentinhos.

Alguns invertebrados como larvas ou grilos também são ótima fonte de proteína e podem ser oferecidos por volta de duas vezes por semana. Alimentos vivos à base de invertebrados, como larvas ou grilos, são importantes fontes de proteína e devem ser oferecidos uma a duas vezes por semana.

Também é preciso ter sempre água fresca disponível para o animal, em bebedor especial em gotas, nunca em potes ou vasilhas, pois o pet pode se molhar por acidente e acabar adoecendo.

A cama da gaiola, que consiste em papel para forrar em um granulado especial que fará a absorção das necessidades do pet deve ser limpa uma vez a cada dois dias e a gaiola deve ser totalmente higienizada uma vez por semana – para isso o pet deve ser retirado e colocado de volta apenas quando tudo estiver devidamente seco e organizado.

Não se deve dar banho com água em um hamster, para isso existem shampoos próprios para banho a seco ou até mesmo uma “areia” especial que ajuda na remoção da sujeira enquanto o pet brinca, mas essa limpeza não costuma ser necessária. Assim como os gatos, os hamsters cuidam da própria higiene e são conhecidos por serem animais muito limpos.

Na natureza esses pequenos animais costumam viver em áreas quentes e secas, vivendo em tocas subterrâneas e saindo apenas durante a noite, quando já é mais fresco, para acumular o máximo de alimento possível para se manterem em suas tocas, longe de predadores.

Existem cerca de 19 espécies no mundo, sendo que apenas cinco são domesticadas, as mais comuns são da China, Rússia e Mongólia. Em cativeiro os hamsters podem viver ente dois e três anos, em alguns casos chegam a viver um pouco mais. O hamster mais velho já registrado chegou a viver por quase cinco anos.

Para que o pet tenha a vida mais longa e feliz, é importante garantir que ele tenha um ambiente rico com acessórios, brinquedos e uma boa alimentação, além de cuidados veterinários para evitar possíveis doenças.

Esses animais, principalmente os de origem russa, não se dão bem em climas muito quentes, então deixar a gaiola do pet longe do sol e em local fresco e seco. É preciso também que tenha um lugar reservado para que ele possa se esconder no terraço (que deve ser adequado de acordo com a espécie), como uma toca.

O tutor não precisa se preocupar caso o pet passe a maior parte do dia escondido na toca, pois esses animais costumam dormir bastante durante o dia, ficando mais ativo ao anoitecer. Em épocas de frio eles podem dormir praticamente o dia inteiro.

Hamster Sírio: são mais comuns na cor dourada e pesam entre 100 e 200 gramas, medindo cerca de 15cm, por serem um pouco maiores, são os mais recomendados para crianças.

Hamster anão russo: é mais habituado ao clima frio, a pelagem acinzentada se torna mais branca durante o inverno. Chegam a medir entre 10 e 12 cm e pesam 28 gramas. Há um hamster anão conhecido como Campbelli, estes se diferem por terem uma pelagem mais voltada para o castanho e pelos mais longos.

Hamster Roborovski: originários da Mongólia ocidental, tem a cor também castanha ou amarelada, com pequenas marcas brancas sobre os olhos e bigodes longos. Medem apenas entre quatro e cinco centímetros e pesam 28 gramas. São muito dóceis, mas tão pequenos que é preciso muito cuidado para que escapem e sumam pela casa.

Hamster chinês: com corpos robustos e caudas compridas, uma pelagem cinza e castanha com uma faixa escura pelo corpo, são um pouco mais tímidos. Medem entre 10 e 13 cm e pesam cerca de 45 gramas. (Via IG)

 

*Foto: Shurtterstock