Pesquisadora baiana cria empresa de cosméticos à base de plantas medicinais
10/08/2021
Empatia, respeito e sustentabilidade. De acordo com Ronilma Alves, esses são os três pilares que deram origem à sua empresa de fitocosméticos chamada “Lilás”. O projeto, oriundo de uma pesquisa de doutorado da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e que agora está em sua fase de implementação, busca produzir cosméticos à base de ingredientes vegetais, dentre eles, sabonetes, pasta de dente, protetor solar, desodorante, shampoos, entre muitos outros.
Os produtos são todos respaldados por pesquisas em bioativos de plantas medicinais, somado a conceitos filosóficos como psico-aromaterapia, ou seja, o efeito nos estados emocionais proporcionados pelos óleos essenciais, um dos principais ingredientes dos cosméticos.
Ronilma, que está à frente da empresa, destaca algumas características importantes durante a produção. “Criamos produtos que tem como premissa usar matéria-prima orgânica e sem ingredientes alérgenos.
Também prezamos por sustentabilidade e economia circular, buscando estabelecer uma rede que vai desde os produtores das plantas medicinais até o consumidor final. Além disso, nossas embalagens são recicláveis e apoiamos a reutilização do material, através de parcerias com associações de recicladores e incentivando a devolução das embalagens, por meio de descontos em produtos a cada pacote devolvido”, destacou a pesquisadora e empreendedora, relembrando que a Lilás surgiu de uma necessidade fisiológica, devido às alergias e irritações causadas por cosméticos comuns.
O objetivo, segundo Ronilma, é criar uma rede de franquias, desenhada para pequenas empreendedoras que compartilhem o mesmo ideal da empresa. “Em paralelo ao nosso trabalho, também realizo formações para profissionais que queiram montar a sua própria produção de cosméticos, porque acreditamos que somente o conhecimento pode dar autonomia”, completou.
O projeto da Lilás, que foi aprovado no edital Centelha Bahia, da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), atualmente está em processo de concretizar as licenças e certificações necessárias, com diversos produtos prontos para a primeira venda.
A proposta é levar para o mercado um produto ético, que não degrada a saúde com componentes secundários, sem a necessária advertência e baseado em uma economia mais humanizada e colaborativa, nas quais tornam-se imprescindíveis o contato e a integração com a rede de produção.
“Com mais empatia, e respeito, entendemos que os milagres que se buscam em potes de cremes não são reais, são onerosos e tem afetado a saúde física e mental das pessoas. Com mais clareza na comunicação e uso de bioativos nas nossas fórmulas, oferecemos menos propaganda e mais verdade para que as pessoas possam perceber que já são suas melhores versões”, concluiu Ronilma.
Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.
*Redação
*Foto: Divulgação