Wizard defende cloroquina, mas quer comprar 100 mil vacinas para funcionários

Wizard defende cloroquina, mas quer comprar 100 mil vacinas para funcionários

12/03/2021 0 Por Redação

 

O empresário Carlos Wizard Martins, dono da holding Sforza e de marcas como Mundo Verde, Pizza Hut e KFC no Brasil, admite que ficou conhecido como “Mr. Cloroquina” nos últimos meses por defender (e continuar defendendo) o tratamento precoce. Mas o foco dele, agora, é a vacina. O empresário quer comprar imunizantes para os seus mais de 50 mil colaboradores. Não só ele: Luciano Hang, fundador da Havan, entrou no balaio e, juntos, ambos pretendem adquirir 140 mil vacinas para atender todas as suas equipes.

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro sancionou o Projeto de Lei 534/2021 que autorizou estados, municípios e o setor privado a comprarem vacinas contra a Covid-19. Porém, todos precisam priorizar o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Plano Nacional de Imunização (PNI). Dessa maneira, os grupos prioritários continuarão recebendo os imunizantes em primeiro lugar.

Logo, Martins pode até comprar vacinas, mas precisará dar os imunizantes ao governo. Ele, no entanto, enxerga que começa a ter jurisprudência para que ele consiga dar as vacinas para os funcionários.

“Esse processo passa pelo amparo jurídico. A primeira batalha é a de criar os mecanismos jurídicos que nos dêem autonomia para fazer essa aquisição”, disse ele em entrevista à CNN BRASIL. Martins dá dois exemplos ocorridos no Distrito Federal – em que juízes liberaram motoristas de aplicativos e magistrados a comprar vacinas para uso próprio.

Martins diz que não quer furar a fila da vacinação em prol dos seus colaboradores, mas que Hang e ele querem dar agilidade ao processo. Martins afirma que existem outros 100 empresários nesse grupo com eles, mas não quis dizer os nomes. Segundo o empresário, eles querem evitar a “vaidade” no grupo.

Porém, mesmo que ele consiga a jurisprudência, há outro problema: não existem vacinas disponíveis para compras no mundo, e empresários não estão liberados a comprar os imunizantes.

Mesmo assim, Martins não desanima. Para ele, estamos próximos de chegar a um tempo em que as vacinas estarão sobrando para serem compradas. E, como o governo ainda tem o foco de vacinar os grupos prioritários, o empresário quer investir para conseguir imunizar a sua força de trabalho. (Com informações da CNN BRASIL)

 

*Redação

*Foto: Divulgação