VÍDEO: Mulher é agredida por médico após questionar falta de uso de máscara
11/03/2021
Uma mulher foi agredida por um médico dentro de um posto de saúde depois de pedir que o profissional de saúde colocasse uma máscara de proteção. O ataque aconteceu na tarde de quarta-feira (10) no Centro de Saúde II José F. Rosas, localizado em Piracaia (SP).
Vítima da agressão, a professora e tatuadora Lia Costa, de 43 anos, foi à unidade para acompanhar uma conhecida que precisava de atendimento para ela e seus filhos. Após cerca de uma hora de espera, o psiquiatra Eduardo Portieri abordou Lia para saber quem seriam os próximos da fila.
“Quando fomos ser atendidas, ele virou para mim e perguntou quem ia ser atendido. Mostrei a criança e ele disse: ‘Você está me fazendo de palhaço? Eu não atendo criança’. Aí, falei que podia ter havido um engano, mas que ele podia atender a mãe [da criança]. Ele disse que não era idiota e que não ia atender ninguém”, contou a vítima ao site Ponte Jornalismo.
E não foi só isso: quando foi questionado por Lia por não usar máscara em plena pandemia, o médico se exaltou e iniciou uma discussão. A professora rapidamente pegou o celular e passou a registrar a cena. “Ele perguntou quem eu era e falei que estava acompanhando. Ele disse que se eu continuasse gravando ia tomar o meu celular. Com toda a violência, ele me agrediu, tomou o meu celular e ficou com ele por 15 minutos. Ninguém do posto de saúde falou com ele, todo mundo defendeu”, relata.
As imagens foram publicadas nas redes sociais de Lia. É possível observar o descontrole do psiquiatra que, além de ameaçar processá-la pela filmagem, a agride e toma o celular de sua mão.
Médico agride mulher por que cobrou que usasse máscara. pic.twitter.com/OBPrEFSkjc
— Prof. Amadeu Guedes (@BlogNeopensador) March 11, 2021
Após ter mão e ombro machucados por ele durante a agressão, Lia registrou um boletim de ocorrência (BO). Estranhamente, o agressor recebeu escolta e atendimento especial na Delegacia de Piracaia, enquanto a vítima não teve nenhum apoio. “Fiz um BO e vou ao Ministério Público porque não quiseram me dar medida protetiva. A cidade é pequena, uma pessoa que faz isso é perigosa. Eu também chamei uma viatura, mas a Polícia Militar não me atendeu. Eu corro risco”, destaca Lia. (Fonte: Olhar Digital)
*Foto: Reprodução / Olhar Digital