Médicos e pesquisadores descobrem droga “milagrosa” contra a obesidade
11/02/2021
Médicos e pesquisadores da Northwestern University, de Chicago, descobriram uma droga com potencial quase milagroso contra a obesidade. Em ensaios clínicos, pacientes que tomaram a Semaglutide perderam em média 15% da gordura corporal.
A Semaglutide não é exatamente uma droga nova, já que ela é comercializada pelo laboratório dinamarquês Novo Nordisk como tratamento para pacientes com diabetes tipo 2. Porém, os resultados dos estudos, que foram publicados no New England Journal of Medicine, foram obtidos a partir de testes com doses mais altas do medicamento.
O estudo foi realizado com cerca de 2 mil pessoas em 129 centros espalhados por 16 países, onde os pacientes receberam injeções de Semaglutide ou de um placebo ao longo de 68 semanas. Os pacientes que receberam a droga perderam, em média, 15% do peso corporal, enquanto os que receberam o placebo tiveram uma diminuição média de 2,4% em sua massa corpórea.
Estima-se ainda que cerca de 30% dos participantes que receberam a Semaglutide perderam em torno de 20% do peso, resultados muito superiores aos de testes realizados com testes de outras drogas candidatas ao tratamento da obesidade.
Droga poderosa
Além da diminuição da gordura corporal, os participantes que receberam a droga também apresentaram melhora significativa nos sintomas de pré-diabetes e de diabetes, resultado que surpreendeu até os pesquisadores, que passaram a tratar a droga como um caminho para o fim da obesidade.
“Este é o início de uma nova era de tratamentos eficazes para a obesidade”, afirma Dr. Robert Kushner, pesquisador da obesidade que liderou o estudo. “É uma virada no jogo”, completa.
O estudo com a Semaglutide confirma a teoria defendida por alguns cientistas, que afirmam que a perda de peso não é apenas uma questão de “fechar a boca” ou ter força de vontade, já que participantes que receberam a droga e que receberam o placebo, tiveram dietas e rotinas de exercícios físicos parecidas, mas não atingiram o mesmo resultado.
*Com informações da The Science Times
*Foto: Reprodução