Médico viraliza ao alertar que ivermectina contra covid pode gerar hepatite

Médico viraliza ao alertar que ivermectina contra covid pode gerar hepatite

11/02/2021 0 Por Redação

 

 

O médico pneumologista Frederico Fernandes e presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, viralizou após, através de um post,  fazer um alerta sobre o uso de ivermectina no combate à covid-19. 

O médico informou que o remédio pode causar hepatite aguda. Não há nenhuma comprovação científica de que o medicamento tenha eficácia contra o novo coronavírus. 

Em seu Twitter, Frederico escreveu que presenciou um caso em que uma jovem precisou fazer transplante de fígado. Ela tomava 18 mg de ivermectina por dia, segundo o médico.

“Me solicitaram avaliação para uma paciente com hepatite medicamentosa. Está a um passo de precisar de um transplante de fígado. Ganha um troféu quem adivinhar qual medicação foi a culpada. Pois é. Hepatite medicamentosa por ivermectina. 18 mg por dia por uma semana. Por Covid leve em jovem”, escreveu ele.

 

 

O post, publicado no dia 6 de fevereiro, teve mais de 90 mil interações, entre retweets, curtidas e comentários. No entanto, o médico sofreu críticas e ofensas e precisou fechar sua conta por alguns dias para não-seguidores.

“Não entendo por que as pessoas se tornam tão agressivas na troca de ideias sobre a pandemia”, lamentou Fernandes, que disse evitar discussões políticas nas redes sociais.

 

 

 

Não há qualquer estudo que comprove a eficácia contra covid-19. A ivermectina é um vermífugo, portanto deve ser usada para eliminar parasitas do corpo, não para combater uma doença causada por vírus. 

A Farmacêutica responsável pelo desenvolvimento do medicamento ivermectina, Merck,  informou através de comunicado nesta quinta-feira, 4, que não há dados que sustentem o uso do remédio contra a covid-19.

“Não acreditamos que os dados disponíveis sustentem a segurança e a eficácia da ivermectina além das doses e dos grupos indicados nas informações de prescrição aprovadas por agências regulatórias”, declarou a Merck, que destacou que seus cientistas continuam a examinar cuidadosamente os achados de todos os estudos disponíveis.

 

*Redação

*Foto: Reprodução