Noruega investiga morte de 29 idosos que receberam vacina anti-covid da Pfizer

Noruega investiga morte de 29 idosos que receberam vacina anti-covid da Pfizer

18/01/2021 0 Por Redação

 

A Agência Norueguesa de Medicamentos investigava até quinta- feira (14) 23 mortes de idosos que receberam vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer e BioNTech.

O número de mortes suspeitas aumentou para 29, de acordo com reportagem divulgada neste sábado (16) pela Bloomberg. As vítimas tinham 75 anos ou mais.

Em nota divulgada na sexta-feira (15), o médico-chefe da agência, Sigurd Hortemo, disse que “os relatórios sugerem que reações adversas comuns às vacinas de mRNA, como febre e náusea, podem ter contribuído para um desfecho fatal em alguns pacientes frágeis”.

Ao BMJHortemo disse que “pode ser coincidência, mas não temos certeza. Não há uma conexão certa entre as mortes e a vacina”.

O país começou a vacinação em 27 de dezembro e cerca de 42.000 pessoas receberam pelo menos uma dose do imunizante. Estão sendo vacinados idosos –incluindo aqueles institucionalizados e com doenças graves.

Segundo o Poder 360, a agência norueguesa ressalta que os estudos sobre a vacina  “não incluíram pacientes com doença instável ou aguda –e incluíram poucos participantes com mais de 85 anos de idade”. A nota também afirma que “400 pessoas morrem a cada semana em lares de idosos e instituições de longa permanência”.

As análises de mortes suspeitas são consideradas no guia do país para a vacinação de idosos com doenças graves.

China cobra repercussão da mídia

Global Times, jornal controlado pelo Partido Comunista Chinês, publicou editorial na sexta- feira (15) criticando “o silêncio da mídia” sobre as mortes na Noruega:

“A grande mídia dos Estados Unidos e do Reino Unido estava obviamente minimizando suas mortes [da Noruega]. Em contraste, a grande mídia ocidental imediatamente divulgará qualquer informação desfavorável sobre as vacinas chinesas e tentará ampliar seu impacto na psicologia pública. Por exemplo, os dados [eficácia] da vacina Sinovac da China foram menores do que o esperado no Brasil e foram relatados em todos os lugares na mídia ocidental. A morte de um voluntário brasileiro que participava dos testes também se tornou um grande acontecimento na mídia ocidental. Mas ficou mais tarde provado que a morte não teve nada a ver com a vacinação, e a mídia ocidental perdeu o interesse”, declarou o periódico.

Leia a íntegra aqui, em inglês.

*Redação
*Foto: Henrique/SOPA Images/LightRocket via Getty Images)