Governo estipula início da vacinação contra covid-19 entre janeiro e fevereiro

Governo estipula início da vacinação contra covid-19 entre janeiro e fevereiro

30/12/2020 0 Por Redação

 

 

O Ministério da Saúde prevê que a vacinação contra a COVID-19 no Brasil começará entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro. Apesar disso, a pasta pediu “colaboração” por parte das fabricantes dos imunizantes, solicitando que entrem com o processo de registro das doses junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, a pasta está fazendo a parte dela para agilizar o início da vacinação no Brasil, mas que os laboratórios responsáveis pela fabricação das doses precisam obter o registro dos imunizantes na Anvisa e distribuir uma quantidade suficiente para que a população possa começar a receber as substâncias.
“Nós precisamos que os fabricantes obtenham o registro junto à Anvisa, e que eles entreguem doses suficientes para que sejam distribuídas. Se o distribuidor obter o registro e eventualmente não tiver dose para distribuir… entenda. O Ministério da Saúde enquanto Ministério da Saúde tem feito a sua parte, fizemos o plano (nacional de imunização), estamos com a operacionalização pronta, nos preparando para esse grande dia, mas precisamos que os laboratórios solicitem o registro”, afirmou Élcio.
A declaração de Élcio Franco vem um dia depois de o laboratório Pfizer afirmar que o Brasil exige “análises específicas”, que deixam o processo mais lento. O secretário-executivo afirmou que pode solicitar uma agilidade maior por parte da Anvisa, mas que a fabricante precisa dar entrada no processo de registro das doses.
“A partir do momento que ela [Pfizer] não quiser se submeter ao regramento da Anvisa, eu não posso pegar a Pfizer pelo braço e levar lá, Pfizer, entregue seu relatório para a Anvisa. Posso pedir brevidade para a Anvisa, mas ela tem que seguir os seus passos”, concluiu.
A Anvisa informou, por meio de um boletim, que a Pfizer e a AstraZeneca entregaram os resultados parciais dos estudos da última fase de testes das respectivas vacinas. Com isso, fica a critério dos laboratórios pedir a liberação do uso emergencial das doses no Brasil, o que ainda não foi feito, de acordo com a agência.
O governo federal anunciou a compra de mais de 40 milhões de doses da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, depois de negar que fosse adquirir a vacina. Há expectativa de ampliação da oferta de 46 milhões para 100 milhões de doses da vacina para o 1º semestre de 2021.

*Redação

*Foto:Reprodução