Doria diz que Pazuello prometeu a compra de 45 milhões de doses da CoronaVac

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quinta-feira (17), que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prometeu fazer o encaminhamento do contrato que propõe a aquisição de 45 milhões de doses da vacina CoronaVac, em caráter permanente, nesta sexta-feira (18).

A informação teria sido passada pelo próprio ministro, por telefone.

“Não recebemos ainda nenhuma comunicação formal e oficial sobre a compra das vacinas. Ontem, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, me telefonou, sempre gentil, e prometeu fazer o encaminhamento até amanhã, 6ª feira, deste documento, que propõe a aquisição de 45 milhões de doses da vacina do Butantan em caráter permanente, irretratável e irreversível”, afirmou Doria durante entrevista a jornalistas, no Palácio do Bandeirantes.

Segundo o governador, dessa vez o contrato seria feito em caráter permanente para que não corra o risco de a compra ser novamente cancelada por decisão do presidente Jair Bolsonaro.

“Porque é irretratável e irreversível? Porque já havíamos feito esse documento, apresentado pelo próprio ministro no dia 20 de outubro em uma reunião com 24 governadores de Estado, inclusive eu, líderes do Congresso Nacional e a imprensa. E, o ministro fez essa apresentação, corretamente, e no dia seguinte pela manhã, o presidente da República desautorizou o seu ministro da Saúde e disse que não compraria a vacina do Butantan”, explicou Doria.

“Nós precisamos ter um documento firme, definitivo, irretratável e irrevogável, do Ministério da Saúde para a aquisição das vacinas do Butantan”, completou.

Em 21 de outubro, em ato contrário à vacina da China, o presidente Jair Bolsonaro suspendeu o acordo firmado no dia anterior pelo Ministério da Saúde com o Instituto Butantan e a Sinovac para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac.

O governador ainda mencionou que mesmo com os avanços da vacina desenvolvida no Brasil pelo Instituto Butantan, o governo federal já fechou acordos com laboratórios internacionais: a farmacêutica norte-americana AstraZeneca e a biofarmacêutica sueco AstraZeneca.

Em sessão de debates realizada nesta quinta-feira (17), no Senado Federal, o ministro Eduardo Pazuello mencionou que o governo federal fechou contrato para ampliação do parque fabril do Butantan para produzir a vacina CoronaVac.

“Coloco aqui aos senhores que a ampliação do parque fabril do Butantan para produzir a vacina foi contratada, em convênio conosco, há quase 60 dias. Não é hoje nem mudou ontem. Nós contratamos, por convênio, a ampliação do parque fabril para a produção da CoronaVac há 60 dias e temos o contrato inicial de produção para 46 milhões. Da Pfizer eu já coloquei”, disse.(Com Poder360)

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