Novas terapêuticas para o HIV/AIDS têm menos efeitos colaterais e maior facilidade de uso
02/12/2020
De acordo com o infectologista José Valdez Ramalho Madruga as novas terapêuticas em desenvolvimento apresentam vantagens em relação às que são usadas atualmente.
Algumas medicações são mais fáceis de administrar e causam menos efeitos colaterais, apesar de ainda não terem a aprovação final, já se mostram promissoras.
“Os medicamentos injetáveis de longa duração, como cabotegravir e rilpivirine, com aplicação intramuscular de 2 em 2 meses, não estão aprovados ainda, nem pelo FDA (agência americana), nem pela EMA (agência europeia).
O lenacapavir, medicamento que tem aplicação subcutânea de 6/6 meses está em fase inicial de estudos. O TAF (tenofovir alafenamida) tem a mesma potência antiviral do TDF (tenofovir disoproxil fumarato) e com menor toxicidade renal e óssea, o que melhora a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/AIDS.
Já os medicamentos de pílula única melhoram a adesão e qualidade de vida das pessoas; no Brasil temos apenas uma opção neste modelo, mas nos Estados Unidos e na Europa existem 13 diferentes pílulas única”, explica José Valdez sobre o estágio de evolução destes novos medicamentos.
Valdez, que é o investigador principal da Casa de Pesquisa do Centro de Referência e Treinamento de DST/Aids de São Paulo e coordenador do Comitê de HIV/AIDS da Sociedade Brasileira de Infectologia, apresentou diversos estudos sobre novas medicações para tratamento e prevenção da doença.
Em parceria com Sociedade Baiana de Infectologia e o CEDAP (Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa), da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, o médico infectologista José Valdez Ramalho Madruga promoveu a palestra “Avanços em Terapêutica e Prevenção da Infecção por HIV/AIDS”, para um pequeno grupo no Instituto Couto Maia em Salvador.
*Redação
*Foto: Pixabay