Cantora Cher salva o elefante mais solitário do mundo

Cantora Cher salva o elefante mais solitário do mundo

01/12/2020 0 Por Redação

 

 

Um elefante chamado Kaavan vivia isolado dos  animais, em um zoológico no Paquistão, depois de perder a sua companheira durante 35 anos, que morreu em 2012.

A cantora norte-americana Cher se sensibilizou com a história e pagou as custas judiciais de um processo que permitiu transferir  o animal para um recinto de vida selvagem no Camboja junto de outros elefantes.

A situação, que gerou protestos internacionais a favor do animal, fez da cantora e atriz norte-americana Cher uma das figuras públicas que mais  fizeram pressão junto às autoridades paquistanesas e da opinião pública.

Cher esteve na pista do aeroporto de Siem Reap, no Camboja, para  acompanhar a chegada do elefante macho, de 35 anos, que fez a viagem num avião de carga especial. As informações são agência France Press (AFP).

Usando uma máscara preta, Cher que também é vencedora de um Óscar, acenou animadamente para o avião. “Estou muito orgulhosa de ele estar aqui”, disse Cher à AFP, depois de cumprimentar Kaavan por uma abertura na base da caixa.

“Ele vai ficar muito feliz aqui”, disse Cher, acrescentando que esperava que a vida triste e solitária do elefante tivesse acabado.

 

Cher

A cantora e atriz Cher, conseguiu livrar o elefante de maus tratos. Foto: Mike Marsland | Crédito: Mike Marsland/WireImage

 

O santuário cambojano que agora alberga Kaavan abriga mais de 80 elefantes e está equipado para o propósito.

A cantora financiou parte do custo da viagem de Kaavan, e visitou o Paquistão para verificar a partida do elefante. Na ocasião, reuniu-se com o primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, e outros funcionários do governo.

O elefante vivia há mais de três décadas em condições precárias num pequeno recinto do zoo de Islamabad.

A sua companheira, Saheli, morreu em 2012, supostamente devido a negligência e maus tratos das autoridades do zoo. Kaavan chegou a Islamabad vindo do Sri Lanka em 1985, como presente daquele país ao Paquistão, mais concretamente para o ex-ditador, general Zia ul-Haq.

Em 2002, os tratadores do zoológico afirmaram que Kaavan estava sendo temporariamente acorrentado por conta de comportamentos cada vez mais violentos. Foi libertado no final deste ano, mas os funcionários do zoológico aparentemente retomaram a prática de maus tratos.

Ativistas dos direitos dos animais denunciaram a situação e disseram que a Lei de Prevenção da Crueldade contra os Animais do Paquistão, aprovada em 1890, está desatualizada.

Embora a crueldade contra os animais tenha sido instituída como um crime passível de punição no país no início deste ano, as equipes de resgate dizem que as multas por si só não impedem eventuais abusos.

Foto destaque: Pixabay