Acaba de chegar ao mercado a Starbem, startup de telemedicina, com o objetivo de proporcionar atendimento médico a um custo reduzido para todo o país.
Entre seus públicos-alvo está, principalmente, a população que não possui um plano de saúde e não tem acesso a médicos fora do Sistema Único de Saúde (SUS).
Por isso, a health tech criou planos, que contemplam consultas por videochamada, renovação de receita médica, além de descontos em exames e medicamentos.
Por meio do aplicativo, disponível para os sistemas Android e IOS, os pacientes têm à disposição especialidades como clínica geral, pediatria e ginecologia, sendo que, a partir de janeiro, poderão contar com psicólogos e nutricionistas.
Para o cofundador e CEO da Starbem, o médico Leandro Rubio, a startup chega para diminuir o abismo na saúde existente no país. “Nossa missão é democratizar o atendimento médico de qualidade em todo o território nacional, já que a telemedicina nos permite oferecer isso. Queremos facilitar para quem não consegue arcar com os custos de um plano de saúde privado e que, muitas vezes, precisa aguardar o atendimento público por meses, em filas enormes de espera, a fim de conseguir uma consulta no SUS”, conta.
“Quando eu e o Cristiano Kanashiro criamos a Missão Covid, nossa primeira health tech, não imaginamos que ela se transformaria na maior plataforma de telemedicina no combate à Covid-19 do país, chegando a mais de 80 mil atendimentos gratuitos no Brasil e em outros países. Foi notória e essencial a força que a telemedicina ganhou por conta da pandemia. Isso nos impulsionou a desenvolver a Starbem, pois assim conseguiremos acompanhar os pacientes durante o ano todo, já que o prontuário fica disponível na plataforma com todo o histórico, prescrições e exames emitidos”, reforça Rubio.
Cenário
Hoje, os gastos no setor de saúde representam 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
No Brasil, os últimos dados publicados pela Agência IBGE Notícias, essas despesas representaram 9,2% do PIB do país, chegando a R$ 608,3 bilhões em 2017.
No entanto, apesar de todos os gastos, o sistema de saúde do Brasil ainda possui inúmeras dificuldades, principalmente na esfera pública, o que ficou ainda mais evidente durante a pandemia da Covid-19.
Por isso, as classes mais baixas acabam sendo diretamente atingidas, já que entre os brasileiros que frequentaram apenas o ensino fundamental, 42% têm uma ou mais doenças crônicas associadas aos casos mais graves da COVID-19, enquanto na média da população essa taxa cai para 33%, de acordo com estudo publicado pelas economistas Luiza Nassif Pires, do Bard College (EUA) e Laura Carvalho, da USP, e pela médica e pesquisadora Laura de Lima Xavier, da Universidade de Harvard (EUA), com base na Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE de 2013.
A Starbem tem um papel importante para mudar esse cenário, e a missão da health tech está totalmente alinhada com os objetivos de desenvolvimento sustentável para a saúde e bem-estar no Brasil, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU): atingir a cobertura universal de saúde, incluindo a proteção do risco financeiro, o acesso a serviços de saúde essenciais de qualidade e o acesso a medicamentos e vacinas essenciais seguros, eficazes, de qualidade e a preços acessíveis para todos; até 2030, reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis via prevenção e tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar.
Fonte: Saúde Business