SUS disponibiliza 18 vacinas para crianças e adolescentes

SUS disponibiliza 18 vacinas para crianças e adolescentes

16/11/2020 0 Por Redação

 

 

A primeira vacinação no Brasil foi instituída em 1804. À época, a contaminação da varíola era predominante no país. Devido às ações de vacinação, os últimos casos dessa doença foram registrados no país em 1971.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou o número global de mortes causadas pela varíola durante o século 20 em cerca de 300 milhões e, em 1980, a doença foi declarada erradicada.

Pouco tempo depois do registro dos últimos casos da varíola no Brasil, em 1973, o Brasil dava às boas vindas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). A instituição do PNI abriu uma nova etapa na história das políticas de Saúde Pública no campo da prevenção.

Desde que foi criado, o programa busca a inclusão social, assistindo todas as pessoas, em todos o país, sem distinção de qualquer natureza.

As vacinas do programa estão à disposição de todos nos postos de saúde ou com as equipes de vacinação, cujo empenho permite levar a imunização mesmo aos locais de difícil acesso.

Atualmente, mais de 300 milhões doses de vacinas, soros e imunoglobulinas são distribuídos ao ano.

 

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As vacinas são ofertadas nos postos de saúde gratuitamente; Foto: Pixabay

 

Hoje, com cerca de cinco décadas de existência, o PNI é referência mundial. As ações de vacinação foram responsáveis por mudar o perfil epidemiológico das doenças imunopreveníveis no Brasil. Prova disso é a eliminação da poliomielite, da rubéola e da síndrome da rubéola congênita.

Entre as campanhas com respostas exitosas está a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, que alcançou mais de 96% do público-alvo, ultrapassando a meta inicial de 90%.

O Ministério da Saúde reforça, continuamente, que a imunização é de extrema importância para evitar óbitos e sequelas causadas por doenças imunopreveníveis como surdez, cegueira, paralisia, problemas neurológicos. Apesar da maioria das pessoas acreditar que a vacina é somente para crianças, é importante que todos mantenham a situação vacinal atualizada.

Conheça, abaixo, cada uma das 18 vacinas oferecidas às crianças e adolescentes conforme o Calendário Nacional de Vacinação brasileiro:

BCG: A vacina protege contra formas graves de tuberculose, meníngea e miliar. A vacina é composta por uma bactéria viva atenuada e deve ser administrada uma dose única ao nascer.

Hepatite B – Imuniza contra a hepatite B. É composta por antígeno recombinante de superfície do vírus purificado. Deve ser administrada, por via intramuscular, uma dose ao nascer, o mais precocemente possível, nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade.

DTP+Hib+HB (Penta) – Vacina utilizada no combate à difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae B e hepatite B. Devem ser administradas, por via intramuscular, três doses, aos dois, quatro e seis meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias.

Poliomielite 1,2,3 (VIP – inativada) – A vacina é administrada em três doses e é composta pelo vírus inativado tipos 1, 2, e 3 no combate à poliomielite. A primeira dose dever ser administrada aos dois meses, a segunda aos quatro meses e a terceira dose aos seis meses de vida da criança. A orientação é aplicar injeção em intervalo máximo de 60 dias e o mínimo de 30 entre uma e outra por via intramuscular.

Pneumocócica 10 valente (Pncc 10) – Vacina administrada no combate à Pneumonias, Meningites, Otites e Sinusites pelos sorotipos que compõem a vacina. O esquema vacinal consiste na administração de duas doses e um reforço. A primeira deve ser administrada aos dois meses de idade, a segunda aos quatro e o reforço aos 12 meses. A administração é realizada por via intramuscular.

Rotavírus humano G1P1 (VRH) – Protege contra a diarréia causada pelo rotavírus. Devem ser administradas duas doses, aos dois e quatro meses de idade, por via oral.

Meningocócica C (conjugada) – Protege contra a meningite meningocócica tipo C. Devem ser administradas, por via intramuscular, duas doses, aos três e cinco meses de idade e um reforço aos 12 meses.

Febre Amarela (Atenuada) – Protege contra a febre amarela. Deve ser administrada, por via subcutânea, uma dose aos nove meses de vida e uma dose de reforço aos quatro anos de idade.

Poliomielite 1 e 3 (VOP – atenuada) – A vacina protege contra o poliovírus tipo 1 e 3 e, é administrada como reforço, por via oral, sendo o primeiro realizado aos 15 meses e o segundo aos quatro anos de idade.

Difteria, Tétano, Pertussis (DTP) – Esta vacina protege contra a difteria, tétano e a coqueluche e é administrada como reforço, por via intramuscular, sendo o primeiro realizado aos 15 meses e o segundo aos quatro anos de idade.

Sarampo, Caxumba, Rubéola (SCR) – Composta pelo vírus vivo atenuado do sarampo, caxumba e rubéola. A primeira dose deve ser administrada, por via subcutânea, aos 12 meses de idade e o esquema de vacinação deve ser completado com a administração da vacina tetra viral aos 15 meses de idade (corresponde à segunda dose da vacina tríplice viral e à primeira dose da vacina varicela).

Sarampo, Caxumba, Rubéola, Varicela (SCRV) – Vacina composta pelo vírus vivo atenuado do sarampo, caxumba, rubéola e varicela. Corresponde a segunda dose da vacina tríplice viral e deve ser administrada aos 15 meses de idade por via subcutânea.

Hepatite A (HA) – A vacina que combate a doença de mesmo nome é um antígeno do vírus da hepatite A, inativada. Deve ser administrada uma dose aos 15 meses de idade por via intramuscular.

Varicela – A varicela é composta do vírus vivo atenuado da varicela. Deve ser administrada, por via subcutânea, uma dose aos quatro anos de idade. Corresponde à segunda dose da vacina varicela, considerando a dose de tetra viral aos 15 meses de idade.

Diftéria, Tétano (dT) – Vacina que protege contra a diftéria e tétano. Deve ser administrada, por via intramuscular, a partir de sete anos de idade. Se a pessoa estiver com esquema vacinal completo (três doses) para difteria e tétano, administrar uma dose a cada 10 anos após a última dose.

Papilomavírus humano (HPV) – Vacina responsável por combater o Papilomavírus Humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante). Devem ser administradas, por via intramuscular, duas doses, com intervalo de seis meses entre as doses, nas meninas de 9 a 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias) e nos meninos de 11 a 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias).

Pneumocócica 23-valente (Pncc 23) – Esta vacina é indicada no combate à Meningites bacterianas, Pneumonias, Sinusite etc. Deve ser administrada, por via intramuscular, uma dose em todos os indígenas a partir de cinco anos de idade sem comprovação vacinal com as vacinas pneumocócicas conjugadas.

Influenza – Vacina que protege contra a influenza. Deve ser administrada, por via intramuscular, uma ou duas doses durante a Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza, conforme os grupos prioritários definidos no Informe da Campanha.

 

Fonte: Ministério da Saúde