Governo de São Paulo cria mais seis centros de pesquisa para testes da CoronaVac
23/10/2020
O governo de São Paulo criou mais seis centros de pesquisa para ampliar o número de voluntários nos testes da Fase 3 da CoronaVac, vacina que está sendo produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butatan.
Com a criação de mais centros, a intenção é acelerar a fase final de testes clínicos para identificar a eficácia da vacina. Segundo estudos realizados na China, das fases 1 e 2 da vacina demonstraram que ela é segura.
“Com a abertura desses centros, vamos ganhar velocidade para que essa demonstração da eficácia possa aparecer o mais rapidamente possível. Esperamos que isso aconteça em novembro ou meados de dezembro”, disse hoje (23) Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.
Os novos centros serão supervisionados por especialistas do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, sendo que quatro ficam em hospitais da periferia da capital paulista, onde a taxa de contaminação se mostrou maior do que nos bairros centrais, e dois ficam na região do ABC.
Atualmente, 9.039 voluntários já participam dos estudos clínicos da vacina, que são feitos com profissionais da área da saúde de sete estados.
Como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia aprovado a ampliação do estudo para 13 mil voluntários – e havia uma dificuldade para recrutar os voluntários -, o governo paulista decidiu ampliar o número de centros de pesquisa para tentar obter o mais rapidamente possível esse número de pessoas participando do estudo. No estudo, metade dos participantes recebe a vacina; a outra metade, placebo.
Caso a última etapa de testes comprove a eficácia da vacina, o acordo entre a Sinovac e o Butantan prevê a transferência de tecnologia para produção do imunizante no Brasil.
A CoronaVac prevê a administração de duas doses por pessoa.
Fonte; Agência Brasil