Capitais tendem aumento da SRAG e COVID-19 a longo prazo
05/10/2020
O boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta que há uma tendência de aumento a longo prazo no número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Rio de Janeiro, no Recife e em Manaus.
Segundo a Fiocruz, este ano 97,6% dos casos e 99,3% dos óbitos reportados que tiveram comprovação laboratorial para a causa da internação deram positivo para o vírus Sars-CoV-2, causador da covid-19.
Na Semana Epidemiológica (SE) 39, entre 20 e 26 de setembro, a análise mostra que em Manaus ocorreu um leve sinal de queda em curto prazo.
Segundo o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, a tendência de longo prazo avalia o períodos de seis semanas seguidas e a de curto prazo analisa três semanas.
De acordo com ele, o Brasil permanece na zona de risco muito alto para a SRAG, com ocorrências semanais bastante elevadas em todas as regiões do país. Por outro lado, o registro de óbitos e de casos notificados por covid-19 nacionalmente estão em queda.
Porém, o pesquisador alerta que a situação é muito diversa de acordo com o estado do país.
Os dados indicam sinal forte de crescimento no longo prazo em Florianópolis, sendo moderado no curto prazo. Para Aracaju, Fortaleza, Macapá e Manaus o sinal é de crescimento no longo prazo.
A tendência é de queda no longo prazo em Porto Velho, Palmas, Goiás, Campo Grande, Natal, Vitória, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. No Distrito Federal, a tendência é de estabilização no curto prazo e queda em seis semanas.
Gomes chama a atenção para as novas medidas de flexibilização anunciadas no Rio de Janeiro que podem intensifica o crescimento observado nas últimas semanas.
Este ano, o Sistema Infogripe registrou 473.222 casos de internação por SRAG, com 54,6% do total apresentando resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório até o término da Semana Epidemiológica 39. Os casos positivos indicaram 0,5% de Influenza A, 0,2% de Influenza B, 0,4% acusaram vírus sincicial respiratório (VSR) e 97,6% foram causados por Sars-CoV-2 (Covid-19).
*Fonte; Agência Brasil
Foto; Pexels Imagens