HRSAJ promove programação em incentivo à doação de órgãos
09/09/2020
Em parceria com a CET-BA, através da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), o Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus (HRSAJ) realiza, durante todo o mês, programação educativa e alusiva à Campanha Setembro Verde.
Com o lema “Doação de órgãos é assunto de família. Seja um doador e fale com a sua”, a campanha Setembro Verde 2020 busca conscientizar os baianos sobre a necessidade de não apenas ser doador, mas declarar-se doador de órgãos. Como parte da programação, a unidade reforça a divulgação e promove palestras online sobre a temática, além de realizar ações educativas com os pacientes e colaboradores.
Na Bahia, a lista de espera para transplante de rim configura como a com o maior número de pacientes (698), seguida pela lista de espera por córneas (567) e fígado (10). Por meio da equipe multiprofissional, o HRSAJ captou, em 2019, 38 órgãos. Rins (16), fígado (07), córneas (12) e corações (03) foram captados na unidade. Em 2020, mesmo em meio à pandemia, 17 órgãos já foram captados.
“Fui diagnosticado paciente renal crônico. Já fui chamado seis vezes, mas por incompatibilidade, ainda não chegou a minha hora de ser transplantado”. Assim como o representante comercial Valdomiro Martins, de 63 anos, 1.275 pessoas aguardam atualmente na fila de espera para transplante da Central Estadual de Transplantes da Bahia (CET-BA).
O objetivo é que ainda mais pessoas possam ser beneficiadas com a doação e captação de órgãos. “Ainda existem muitos mitos envolvendo a questão da morte cerebral e doação de órgãos. Poucas pessoas sabem que essa doação depende de uma autorização familiar; então não há documento específico, nada que se possa fazer em vida, além de comunicar aos familiares e de trabalhar com eles a cultura de doação para que isso possa ser efetivado pós-morte”, afirmou a enfermeira e membro da CIHDOTT-HRSAJ, Isadora Rodrigues.
De acordo com dados da CET-BA, somente 40% dos entrevistados para doação de órgãos e tecidos dizem “sim” à doação. “Já conseguimos diminuir a porcentagem de negativa familiar na Bahia, mas ainda temos muito o que caminhar nesse sentido”, reforçou Isadora.
*Da Redação
Fonte: Ascom do HRSAJ