Casos de síndrome respiratória aguda diminuem

Casos de síndrome respiratória aguda diminuem

18/12/2020 0 Por Redação

 

 

Boletim Infogripe, publicado pela Fiocruz, indica nova queda de casos e de óbitos por Sindrome Respiratória Aguda (SRAG), porém mantendo valores acima do mínimo observado ao final de outubro.

O estudo alerta que a ocorrência de casos e óbitos semanais continua muito alta e na zona de risco até o término da semana 50, de 6 a 12 de dezembro.

A análise tem com base dados inseridos no Sivep-gripe até 14 de dezembro. Entre os resultados positivos para os vírus respiratórios, cerca e 97,7% são em consequência do novo coronavirus.

“Todas as regiões também se encontram na zona de risco, com ocorrências de casos e óbitos muito altas. É importante ressaltar que os dados aqui apresentados devem ser utilizados em combinação com demais indicadores relevantes, como a taxa de ocupação das respectivas regionais de saúde, por exemplo,”, ressaltou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Nas capitais e região de saúde central do Distrito Federal, o estudo mostra que Goiânia, Maceió e Salvador apresentaram sinal forte de crescimento na tendência de longo prazo. Boa Vista, Campo Grande, Manaus e Região de Saúde Central do Distrito Federal (Plano Piloto de Brasília e arredores) apresentaram sinal moderado de crescimento na tendência de longo prazo.

Destas capitais, Campo Grande e Maceió e a Região Central de Saúde do Distrito Federal indicam cerca de seis semanas consecutivas com sinal de crescimento na tendência de longo prazo. Salvador nas últimas cinco e Manaus nas últimas seis semanas consecutivas.

 

Mapa do Brasil mostrando a situação dos estados

Imagem: Reprodução Fiocruz

 

 

Aracaju, Belo Horizonte, Cuiabá, João Pessoa, Palmas, Porto Velho, São Luís e São Paulo apresentam sinal de estabilidade após período de crescimento, sem registrar ainda sinal claro de redução no número de novos casos semanais. Já Rio de Janeiro e Curitiba apresentam tendência de possível reversão da tendência de crescimento observada ao longo do mês de novembro, registrando sinal moderado de queda nas tendências de longo e curto prazo na última semana.

Porto Alegre e Recife seguem apresentando sinais de subnotificação ou aumento significativo no atraso de digitação de casos no Sivep-Gripe há algumas semanas. Portanto, segundo a análise, os indicadores associados a essas capitais até o momento não são confiáveis para tomada de decisão.

Diante deste cenário, Marcelo Gomes destaca que – com exceção da capital fluminense e Curitiba – ainda não há indícios de reversão da tendência de crescimento apresentada nas últimas semanas. O pesquisador explica que foi observado apenas um sinal de possível interrupção desse crescimento.

”Os dados da presente atualização sugerem que parte das capitais, que apresentaram claro sinal de crescimento ao longo do mês de novembro, estão apresentando uma interrupção dessa tendência, embora sem sinais claros ainda de uma reversão para queda. Além disso, os dados das macrorregiões de saúde ainda apresentam uma situação de crescimento em boa parte do território”, informou.

 

*Redação

*Foto: Pexels