Exame promete diagnóstico de câncer de ovário mais preciso
04/10/2024Entre as diversas técnicas para identificar o câncer de ovário em mulheres na pós-menopausa, um exame de ultrassom mostrou-se tão promissor que pode substituir o padrão atual do Reino Unido. O teste detectou a doença em 96% dos casos, sendo o mais eficaz em comparação com outros disponíveis no país.
A descoberta é de um estudo conduzido pela Universidade de Birmingham, que comparou e avaliou os exames existentes atualmente no país. Os resultados foram descritos na revista The Lancet Oncology.
Exame para detectar câncer de ovário supera teste padrão
O estudo analisou seis testes diagnósticos de câncer de ovário em mulheres na pós-menopausa disponíveis no Reino Unido.
Dentre eles, o modelo IOTA da ADNEX apresentou a melhor precisão, conseguindo detectar até 96% das mulheres com câncer de ovário.
O exame consiste em uma análise das características dos nódulos ovarianos com base em imagens de ultrassom.
O atual padrão do país, o teste de risco de malignidade (RMI1), é capaz de identificar 83% dos casos de câncer de ovário.
Ou seja, o IOTA supera a precisão do teste padrão. Por isso, os cientistas envolvidos recomendam que ele o substitua.
Benefícios da troca
Trocar o teste padrão pelo ultrassom IOTA da ADNEX pode facilitar e tornar o diagnóstico de câncer de ovário em mulheres na pós-menopausa mais preciso. O exame é mais sensível e permite detectar a doença em estágios iniciais, melhorando, consequentemente, as chances de tratamento.
Além disso, ele pode ser realizado por ultrassonografistas treinados, que são a maioria dos profissionais que fazem esse tipo de exame. Com o treinamento e certificação adequados, mais mulheres poderão ter acesso ao diagnóstico.
Annwen Jones, da organização Target Ovarian Cancer, ressaltou à Medical Xpress a importância do diagnóstico precoce para melhorar os resultados do tratamento. Ela também pediu maior conscientização sobre os sintomas do câncer de ovário, pois isso ajuda a incentivar as mulheres a procurarem seus médicos e a realizarem os exames.
Os pesquisadores também desenvolveram cursos online gratuitos para treinar a equipe do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) em ultrassom, já que a maioria dos exames é feita por ultrassonografistas, e não por ginecologistas.
*Fonte: Olhar Digital
*Foto: Getty Imagens