Vigilância Sanitária alerta para risco do consumo de água de coco clandestina
15/10/2020
Com o aumento das temperaturas, a ingestão de água de coco é uma alternativa para se refrescar. Contudo, requer cuidados.
A depender das condições de manipulação e armazenamento, o líquido pode ser contaminado.
A Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana alerta a população para o risco à saúde caso o produto não receba o tratamento adequado ao ser extraído do fruto.
A médica veterinária da Vigilância Sanitária, Rosamaria El Fahl, afirma que no engarrafamento sem inspeção sanitária (de forma clandestina), não são seguidas as práticas higienicossanitárias.
Ela destaca que antes de ingerir esse produto devem ser observadas as condições de higiene, principalmente pelo risco de contaminação por animais.
“O local do armazenamento deve ser adequado e não é raro a contaminação com a urina de rato. Por isso, no momento da abertura do coco, a casca deveria ser higienizada. É preciso observar também se o vendedor está com luvas, e ao manipular o alimento não deve pegar em dinheiro, além de observar os utensílios utilizados, as superfícies e a embalagem onde o líquido será armazenado”, recomenda.
A médica veterinária ressalta ainda que é importante que o consumidor observe o tempo que aquele produto foi embalado, desde a extração até o consumo.
“Caso opte por levar envasado, que o coco seja aberto no momento da compra, e se possível, leve o seu recipiente.
Para manter as características nutricionais, a água deve ser ingerida imediatamente ou refrigerada, afim de que você receba os benefícios do produto e não tenha a sua saúde comprometida”, diz.
PRODUTO COM INSPEÇÃO
De acordo com Rosamaria El Fahal, restaurantes, lanchonetes, bares, entre outros estabelecimentos, não devem utilizar ou comercializar o produto sem o selo de inspeção do Ministério da Agricultura.
Os comerciantes de água de coco, sejam ambulantes ou empresas formais, que queiram se organizar em cooperativa ou associação para abrir uma pequena indústria de beneficiamento são orientados a buscar informações na Vigilância Sanitária ou Secretaria Municipal de Agricultura, com intuito de sair da clandestinidade e comercializar um produto sem risco à saúde do consumidor.