Médico cirurgião procura tumor no lado errado da perna

Médico cirurgião procura tumor no lado errado da perna

08/10/2020 0 Por Redação

 

 

Após uma consulta, ecografia, ressonância magnética e biópsia, o diagnóstico estava traçado: um tumor na parte exterior da coxa da perna direita.

No dia 18 de julho, o doente foi operado no Hospital Lusíadas Lisboa, mas no dia seguinte deparou-se com duas cicatrizes.

“Por volta das 17 horas o paciente foi informado pelo próprio Dr. NA [cirurgião que o operou] de que se havia enganado e procedido por lapso a uma primeira incisão no lado direito interno da coxa direita, tendo-se apercebido que não era o lado correto, suturou e procedeu à incisão, essa sim correta, para remoção do tumor localizado na parte externa da coxa direita”, pode ler-se na denúncia que chegou à Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

Confrontado pela reguladora, o hospital considerou que foi “um lapso” do cirurgião, corrigido na mesma hora, “sem qualquer prejuízo clínico ao paciente”.

A ERS entende que a atuação daquele hospital privado não foi adequada e emitiu uma instrução para que sejam cumpridos “os procedimentos internos aptos a assegurar a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde prestados, designadamente, os respeitantes à ‘cirurgia segura'”.

Médico receitou soro mas foi preparado para fazer cirurgia

A troca de identidade de doentes, bem como de processos clínicos, também constam da lista de processos analisados pela ERS no primeiro semestre deste ano.

No Hospital da Luz, em Lisboa, um doente atendido no Serviço de Atendimento Permanente e encaminhado para um tratamento com soro, viu-se de repente na sala de observações a ser preparado para uma cirurgia.

Já estava sem roupa e de bata quando questionou uma auxiliar sobre o porquê de tudo aquilo e soube que tinha indicação para ir para o bloco operatório.

Só depois de uma conversa com  um enfermeiro, o erro foi detectado.

O hospital admitiu a falha e sublinhou que “dispõe de vários sistemas para prevenção de erros, incluindo de identificação dos doentes, onde existem vários métodos redundantes”.

Ainda assim, não se livrou de uma instrução da ERS para que todos os profissionais cumpram os procedimentos de prevenção da ocorrência de erros na identificação de utentes e para que procedesse à realização de uma auditoria a estes procedimentos.

 

Fonte; JN.PT

Foto; Pixabay Imagens