Ômicron sobrevive por mais tempo em superfícies, aponta estudo

Ômicron sobrevive por mais tempo em superfícies, aponta estudo

11/02/2022 0 Por Redação

 

Uma pesquisa realizada no Japão apontou que a variante ômicron do vírus da Covid-19 é capaz de sobreviver por mais tempo que a cepa original na pele humana ou em superfícies. Essa característica contribui para o aumento da infectividade da cepa, que já é mais transmissível.

Segundo os pesquisadores, a ômicron foi capaz de sobreviver por 193,5 horas em superfícies plásticas e por 21,1 horas na pele humana. Este é o primeiro estudo de grande porte a medir o tempo de sobrevida de diferentes cepas do vírus em diferentes tipos de superfícies.

Essa maior meia-vida da ômicron na pele e nas superfícies pode ser um aspecto importante para que a cepa seja tão contagiosa. Porém, ainda são necessários mais estudos para comprovar o quanto a estabilidade ambiental é um aspecto chave para a disseminação do vírus.

Ômicron é mais resistente ao álcool

Uma outra descoberta preocupante é que a ômicron tende a ser levemente mais resistente ao álcool em comparação com a variante de Wuhan em superfícies. Porém, após cerca de 15 segundos de exposição ao álcool, a eficácia na inativação do vírus foi semelhante em ambas as cepas na pele.

Portanto, o estudo mostra que sim, é importante manter um frasco de álcool em gel nas mãos e sempre usar após tocar em algum objeto e não for possível lavar as mãos com água e sabão. Além disso, também é importante sempre higienizar superfícies e embalagens antes de tocá-las.

Estudo tem limitações

O estudo, porém, tem algumas limitações, que são parecidas com as que foram encontradas em pesquisas do tipo realizadas no início da pandemia. A principal delas é a generalização da sobrevida dos vírus em ambientes laboratoriais e no mundo real.

Além disso, não se sabe exatamente o porquê foi adicionada determinada quantidade de vírus em alguns tipos de superfícies. Este dado é importante, já que a quantidade de vírus e sua viabilidade influencia bastante na possibilidade de se infectar após o toque em alguma superfície.

Neste estudo não há relação entre a quantidade de vírus colocada no início do experimento e a quantidade encontrada após as 193,5 horas. Isso quer dizer que não se sabe se essa quantidade é a mesma depositada por uma pessoa infectada após espirrar, por exemplo.

*Com Olhar digital

Foto: Shutterstock