Leo Prates defende antecipação de segunda dose da AstraZeneca

Leo Prates defende antecipação de segunda dose da AstraZeneca

16/07/2021 0 Por Redação

 

O secretário municipal de Saúde de Salvador, Leo Prates, se mostrou a favor da antecipação da aplicação da segunda dose da vacina Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 no país. Medida aceleraria o processo de imunização, diminuiria casos graves da doença e de internamentos, além de inibir a circulação do vírus, segundo especialistas.

A proposta da Secretaria Municipal da Saúde de Salvador é impedir que as segundas doses recebidas antecipadamente do Governo Federal fiquem paradas, armazenadas esperando a data exata da dose de retorno do cartão vacinal (12 semanas) e que a antecipação seja feita apenas no período de 9 a 11 semanas, onde a eficácia cai muito pouco, passando de 80 para 72,3%. “Ainda assim maior que os índices de eficácia dos imunizantes CoronaVac (50,38%) e Janssen (66%). Dessa forma, teríamos mais pessoas protegidas com o esquema completo e evitaríamos vacinas armazenadas sem trazer nenhum benefício para a sociedade”, pontua Prates.

“A estratégia ampliaria a segurança contra a variante delta do coronavírus que já está presente em mais de cem países, inclusive no Brasil. Estamos falando de uma variante que possui característica potencialmente agressiva e altamente transmissível. A eficácia da antecipação é corroborada também por estudo recente divulgado pela revista científica Nature, uma das mais importantes do mundo”, explica o secretário.

A situação da capital baiana em relação a segunda dose chama a atenção: das 61 mil doses para serem utilizadas como segunda dose, 48 mil delas só poderão ser utilizadas a partir do dia 22 de julho e de forma gradativa, obedecendo o quantitativo de pessoas aprazadas por dia.

“O grande problema é que os imunizantes encaminhados aos municípios para fechamento do esquema vacinal são “carimbados” pelo Ministério da Saúde, ou seja, sua utilização é recomendada para uso exclusivo do reforço vacinal, então, ficamos impedidos de utilizarmos de forma diferente. Se não podemos utilizá-los como primeira dose, a única alternativa é deixá-los guardados para serem usados no dia exato estabelecido no cartão vacinal de cada indivíduo”, disse o titular da Saúde.

*Com informações do Bahia.ba

Foto: Reprodução