Cientistas descobrem novo método para tratar cáries dentárias sem uso de obturação

Cientistas descobrem novo método para tratar cáries dentárias sem uso de obturação

06/07/2021 0 Por Redação

 

Pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, iniciaram em 2018 o desenvolvimento de um produto capaz de curar as cáries dentárias sem a necessidade de realizar obturações.

Os resultados do produto finalmente foram anunciados e, segundo as pesquisas, ele é capaz de estimular de maneira natural o crescimento do esmalte dos dentes. O tratamento é baseado em peptídeos, que são cadeias curtas de aminoácidos, conectadas por ligações peptídicas, que não são longas o suficiente para serem consideradas proteínas completas.

De acordo com a pesquisa, o produto foi aplicado em lesões dentárias (cáries) criadas artificialmente em laboratório e foi capaz de remineralizar o esmalte dentário, tratando completamente a lesão.

Os pesquisadores explicam que o esmalte dentário é produzido por um tipo de célula chamada ameloblasto enquanto o dente está na gengiva e a partir do momento que a formação do dente esteja completa, os ameloblastos morrem e o esmalte para de ser produzido, mesmo que seja desgastado com o decorrer dos anos.

Pequenas quantidades de esmalte podem ser adquiridas com a saliva, creme dental com flúor e aditivos para água potável. No entanto, em casos de lesões no dente, é necessário consultar um dentista para que uma obturação seja realizada e o ferimento seja tratado.

A equipe projetou os peptídeos do produto com base nas proteínas chamadas amelogeninas, que estão presentes no ameloblasto e são essenciais para a regulamentação da formação do esmalte dentário.

Os cientistas acreditam que o novo produto possa ser utilizado como parte da higienização diária dos dentes e afirmam que em cáries maiores, que atinjam camadas mais profundas do dente, ainda vai ser necessário realizar o tratamento com obturações. Segundo o portal Science Alert, o próximo passo do estudo é ver como o produto agirá em um dente humano real e se os resultados serão tão positivos.

*Com informações de Olhar Digital

Foto: Pixabay