Morte de pacientes com Covid-19 internados no ICOM reduz em 2021

Morte de pacientes com Covid-19 internados no ICOM reduz em 2021

10/06/2021 0 Por Redação

 

No último mês de maio, a taxa de letalidade dos pacientes internados no Instituto Couto Maia (ICOM) com Covid-19 foi de 15%. Somados os primeiros 5 meses deste ano, a taxa de letalidade foi de 24,7%, bem menor que a taxa de 2020 que foi de 34,5%.

Segundo a Sesab, esta taxa menor acontece quando o hospital interna um número bem maior de pacientes. Somente nos 5 meses deste ano, o ICOM já atendeu 1095 pacientes, número próximo a todo o ano anterior, em que atendeu 1377 pacientes.

Mudança na faixa etária

Em 2020, as faixas etárias com maior número de pacientes internados com Covid-19 foram de 60 a 69 anos (19,9% do total de pacientes), 70 a 79 anos (15,9%), 40 a 49 anos (13,7%). Este ano, as faixas mais atingidas são: 60 a 69 anos (21%), 40 a 49 anos (18,4%) e 50 a 59 anos (17,5%).

A tendência dessa mudança de faixa etária fica clara quando se analisa a variação de um ano para outro. O maior crescimento em relação ao total de casos atendidos no ICOM ficou com a faixa etária de 40 a 49 anos. As maiores quedas ficaram com os pacientes acima de 70 anos.

Embora exista um aumento percentual de internações na faixa etária de 60 e 69 anos, comparando os dados de 2020 e 2021, esta diferença tem reduzido rapidamente. Os dados computados até 12 de maio, mostravam um crescimento percentual de 13%, e 18 dias depois, essa variação já tinha caído para 5%. O que mostra uma tendência de queda do número de pacientes deste grupo.

Vacinas e aprendizado no manejo dos pacientes

Uma das hipóteses consideradas mais provável pelos especialistas para a mudança de faixa etária entre os pacientes internados com Covid-19 decorre da vacinação dos grupos de risco, em especial os idosos, que mesmo que venham a contrair a Covid-19 apresentam a forma branda da doença.

Quanto à queda da letalidade, as hipóteses mais prováveis são: a evolução nas práticas terapêuticas e a mudança do perfil dos pacientes. Ao longo da pandemia, as equipes têm acumulado um importante aprendizado no manejo clínico dos pacientes, conquistando assim resultados positivos na evolução dos casos.

A outra hipótese refere-se à diferença na evolução dos pacientes mais jovens, como explica a médica infectologista e diretora do ICOM, Ceuci Nunes: “a Covid-19 é uma doença grave e sistêmica, que pode levar o paciente a muitas complicações, com falência em vários órgãos, no caso dos idosos este é um risco muito maior. Já os pacientes mais jovens tendem a ter uma evolução melhor, com problemas mais localizados e sem apresentar disfunção em diversos órgãos.”

 

*Redação

*Foto: Divulgação